Nos dias atuais, é quase impossível imaginar um mundo desconectado da tecnologia. Já faz parte da normalidade crianças envolvidas em celulares, tablets e games digitais desde o muito pequenos. É difícil proibir o uso e ainda mais em sala de aula e na educação o digital pode – e deve – ser um aliado incrível no processo de ensino aprendizagem.
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Com o avanço da pandemia no início de 2020, a transição gradual para uma sala de aula mais interativa e conectada com a Internet foi por água abaixo. Do dia para a noite, alunos e professores tiveram que aprender o que era participar de aulas 100% no modo remoto.
Tanto para os educadores, que precisaram aprender técnicas e aplicativos novos, quanto para os alunos, que foram obrigados a praticar a atenção plena em uma tela de computador, o período de isolamento foi um momento muito desafiador.
Tecnologia como facilitadora
Apesar do problemas causados pela pandemia, com a volta às aulas presenciais ficou praticamente impossível tirar do cotidiano do aluno e do professor esta parte tecnológica, que se tornou tão presente na vida de todos.
Por conta disso, não tem mais como esconder: a tecnologia é uma grande aliada da educação. Além de permitir o contato com novas ferramentas cada vez mais requisitadas na rotina pessoal e no mundo profissional, o estudante faz parte de uma educação mais flexível, dinâmica, instigante e participativa.
O ambiente virtual não só facilitou o acesso dos alunos a materiais complementares, como tornou a busca por conhecimento mais fácil e abrangente. A tecnologia não é a estrela principal, mas tem um papel importante na complementação da aprendizagem tradicional escolar.
SED promovendo mudanças
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Pensando na implementação de um ensino mais atrativo e atual, a Secretaria de Estado de Educação (SED) resolveu que seria importante para o futuro dos jovens catarinenses um investimento significativo na modernização e qualificação da educação, incentivando a criatividade e a inovação.
Foram mais de 10,7 mil tablets e 1.194 computadores para laboratórios de informática doados para as escolas da rede pública do Estado. Isso, para as instituições de ensino, é uma oportunidade a mais para a democratização do acesso à tecnologia.
Para Luiz Alessandro da Silva, diretor de Tecnologia Tecnologia da Informação da SED, apesar de estas ferramentas significarem uma melhora no processo de ensino, é importante ressaltar que os avanços significam que o papel do professor se tornou secundário. Ou seja, altera-se como fonte máxima de conhecimento, para se tornar facilitador do processo de aprendizagem.
“A condição mais importante para a aprendizagem é a relação professor-aluno, que permite o estabelecimento de uma relação cooperativa e afetiva entre quem ensina e quem aprende. A contribuição da tecnologia é possibilitar ao educador conhecer melhor cada estudante e ser capaz de oferecer, mesmo trabalhando com grupos grandes, experiências que atendam diferentes necessidades e ritmos”, complementa.
Impacto na prática
Entre as centenas de unidades beneficiadas pela iniciativa, a Escola de Educação Básica João 23, localizada em Maravilha, destacou-se com alguns projetos inovadores nas áreas de Ciências e Biologia.
Entre as atividades desenvolvidas no cotidiano escolar, a Pegada Ecológica foi uma das que mais fez sucesso entre os alunos. Ela consistem na avaliação do consumo humano sobre os recursos naturais, analisando se os padrões estão dentro da capacidade ecológica.
Quem foi a responsável pela prática foi a professora Edilaine Dalzotto. Para ela, as tecnologias fazem parte do nosso dia a dia e na educação se tornam ferramentas de apoio para tornar as aulas mais atrativas para os educandos, enriquecendo o trabalho.
“Outra atividade foi a criação de um vídeo sobre Divisão Celular em stop motion, que permite colocar as imagens em movimento. Para essa atividade foi utilizado massinhas de modelar e aplicativos no celular. Também utilizamos a lousa digital, que permite o engajamento e desperta o interesse dos estudantes”, conta.