Estar em contato com outras pessoas e conseguir interagir em um ambiente cada vez mais diverso e desafiador é o desafio daqueles que estão à frente da educação. Para que cada indivíduo tenha a possibilidade de desenvolver talentos e habilidades, é crucial saber o que é a educação inclusiva e como aplicar o conceito em sala de aula.
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Por mais que o termo já seja um aliado da rotina escolar, ainda existem pontos que precisam ser aprofundados, assegurando o acesso ao ensino. De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais de 17 milhões de indivíduos com algum tipo de deficiência no Brasil.
Quando a relação entre este público e a educação entra em pauta, o mesmo estudo aponta que mais de 67% dos PCDs não completaram o Ensino Fundamental ou não tinham instruções. Os dados são de 2019 e colocam à vista um cenário desigual e que precisa ser combatido a partir do questionamento sobre o que é a educação inclusiva.
O que é a educação inclusiva?
É um modelo que tem como objetivo propor igualdade, com acessibilidade para os alunos. O intuito é que todos possam ter acesso à educação, incluindo crianças, adolescentes e adultos.
Mais do que a inclusão daqueles que possuem algum tipo de deficiência, o foco é compreender que existem diferenças e singularidades em cada um e que todos merecem respeito – independentemente da etnia, crença ou situação econômica.
E a escola precisa ser o espaço para ofertar as mesmas oportunidades, sem levar em consideração as limitações e dificuldades. Mas como tirar a idade da teoria e colocar em prática? O que deve ser feito para melhorar o ambiente escolar e o comportamento das turmas?
Quais são os princípios da educação inclusiva?
Para nortear as práticas que devem ser implementadas para responder o questionamento sobre o que é a educação inclusiva, existem alguns alguns tópicos que são usados como ponto de partida – seja para discutir o assunto ou formular estratégias.
O primeiro passo é entender que todos possuem o direito à educação, ou seja, o acesso à escola é uma garantia assegurada pela Constituição Federal. Outro fator é que cada um possui familiaridade com determinado assunto, fator que pode facilitar o aprendizado em áreas específicas.
Isso não quer dizer que as pessoas não conseguem aprender, e sim que cada indivíduo tem o próprio tempo para assimilar e compreender as informações, fazendo do processo de aprendizagem algo singular e único.
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Estar inserido em um ambiente escolar é primordial para o desenvolvimento das habilidades, além de ser uma ferramenta para o desenvolvimento social. Portanto, é de extrema importância que todas as crianças e adolescentes sejam inseridos nas escolas.
É primordial compreender que a educação inclusiva é um processo coletivo e que cada ação pode impactar nos demais. O método de ensino deve ser aplicado para todos, sem que exista distinções ou diferenças.
Além de facilitar o dia a dia, a solução também é um caminho para despertar nos estudantes o desejo de viver em um mundo mais justo em oportunidades e acessos.
Qual é a diferença entre educação inclusiva e educação especial?
Por mais que os termos sejam aplicados, na maioria das vezes, como sinônimos, os significados são diferentes. Isso porque a educação especial é focada no aprendizado daqueles que possuem alguma deficiência – física, intelectual, auditiva ou visual.
O processo é pensado para aprimorar a comunicação com este público, aperfeiçoando a abordagem educacional e o foco nos temas centrais.
Quando falamos sobre o que é a educação inclusiva, o ponto é propor uma mudança no ensino e na sociedade, mostrando como as diversidades devem ser respeitadas e que o pilar da inclusão é o respeito às diferenças.
Enquanto o primeiro integra apenas alguns alunos, o segundo precisa de todos os agentes atuando em conjunto, desde o diretor até as crianças.
Qual é o papel da escola na educação inclusiva?
É nas sala de aula que os estudantes conseguem ver na prática as diferenças de pensamento e opinião – neste espaço muitos passam horas interagindo com o que é diferente. Sendo assim, o papel da escola é criar projetos que exponham as distinções entre as culturas, classes e pensamentos, facilitando o aprendizado e cultivando a empatia entre as turmas.
Mais do que abordar o que é a educação inclusiva, é fundamental ter programas pedagógicos pensados para o debate e inclusão, facilitando a percepção daqueles que estão tendo o primeiro contato com algo que é novo.
Os professores, diretores e a comunidade precisam estar inseridos na educação inclusiva, fortalecendo o entendimento das singularidades e a igualdade entre todos. Promover rodas de conversas e atividades que instigam a comunicação são formas de trazer à tona pautas delicadas, mas que precisam ser discutidas, sendo agente na construção de um mundo humano.
Mais do que um projeto para os alunos, este é um desenho da sociedade que podemos ter nos próximos anos, com respeito e inclusão – possibilitando oportunidade, acesso e mérito. Você sabia o que é a educação inclusiva? A sua escola já conta com um projeto? Aproveite para deixar a sua opinião nos comentários