Educação inclusiva: 7 filmes para abordar a inclusão social de pessoas com deficiência

Educação inclusiva é o primeiro passo para acabar com o capacitismo. Veja lista com indicações para introduzir o tema na escola

Formação Publicado em: Autor: Nathália Melo

A inclusão de pessoas com deficiência na sociedade é imprescindível para acabar com o capacitismo, preconceito contra pessoas que possuem algum tipo de deficiência. No combate a práticas excludentes e discriminatórias é papel das escolas e dos professores lutar por uma educação inclusiva.

O universo cinematográfico é cheio de histórias que retratam o dia a dia de pessoas com deficiência. Nesse sentido, os filmes são uma excelente opção para abordar o tema com os estudantes na escola.

Mulher sentada no sofá ao lado de um projetor cinematográfico, comendo pipoca, assistindo filmes sobre educação inclusiva

Filmes retratam a realidade de pessoas com deficiência e são boa opção para debater a inclusão social com os alunos – Foto: iStock/Divulgação/Educa SC

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Confira sete filmes para abordar a inclusão social de pessoas com deficiência em sala de aula:

1. Tamara (2016)

  • Classificação indicativa: livre para todas as idades.

Criado e produzido pela House Boat Animation Studio, o filme é um curta-metragem de animação e conta a história de uma menina surda que sonha em ser bailarina. Com apenas 4h 36 de duração, o filme aborda temas como inclusão, tolerância e diversidade.

O curta-metragem está disponível no YouTube e pode ser trabalhado em sala de aula com os alunos da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Assista:

2. “Cuerdas” (2013)

  • Classificação indicativa: livre para todas as idades.

Cordas, traduzido para o português, é um curta-metragem de animação escrito e dirigido pelo diretor e roteirista espanhol, Pedro Solís García. O filme tem 10h52 de duração e mostra a relação de amizade entre María e Nícolas, duas crianças que moram em um orfanato.

Nícolas, portador de paralisia cerebral, vive em uma cadeira de rodas e não fala. Por conta disso, nenhuma das crianças se aproxima dele, mas María está determinada a fazer amizade e brincar com o garoto.

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A história contada com sensibilidade é inspirada na relação entre os filhos do próprio diretor, que venceu o Prêmio Goya em 2014 e emocionou multidões onde foi exibida.

O curta-metragem está disponível no YouTube e é uma boa opção para abordar a inclusão social de pessoas com deficiência, além de ensinar valores como amizade, empatia e respeito às diferenças aos alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Assista:

 

3. Procurando Nemo (2003)

  • Classificação indicativa: livre para todas as idades.

Na animação clássica produzida pelos Estúdios Pixar e lançada pela Disney, Nemo, um pequeno peixe-palhaço vive com seu pai – extremamente protetor – em um recife de coral no fundo do mar da Austrália.

Em um momento de desobediência, Nemo acaba sendo capturado por um mergulhador e levado para viver em um aquário. Assim começa a jornada do pai Marlin em busca do filho. No caminho, ele encontra Dory, um peixe da espécie cirurgião-patela, que sofre de perdas de memória.

O filme é uma verdadeira lição de amizade e pode ser uma ótima opção para trabalhar os temas inclusão e respeito às diferenças com os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, pois mostra o peixinho Nemo, que tem uma nadadeira menor do que a outra, superando dificuldades e vencendo medos.

4. Como Treinar o Seu Dragão (2010)

  • Classificação indicativa: livre para todas as idades.

Como treinar o Seu Dragão é uma animação produzida DreamWorks Animation e distribuída pela Paramount Pictures. A história gira em torno de Soluço, um garoto de 15 anos que vive em uma aldeia viking, na ilha de Berk.

Caçar dragões é uma tradição entre os vikings. Um dia, por ordem de seu pai – líder da aldeia -, Soluço captura um Fúria da Noite, uma das espécies mais poderosas entre os dragões.

Percebendo a fragilidade do dragão que não consegue voar por conta de uma deficiência na cauda, Soluço não consegue fazer mal ao dragão e, ao invés disso, acaba fazendo amizade com o animal, chamando-o de Banguela.

De volta à aldeia, o desafio do garoto é fazer com que o pai e a comunidade viking da ilha mudem seu modo de pensar a respeito dos dragões e passem a aceitar Banguela.

O longa-metragem é uma excelente opção para debater a importância de combater o preconceito e aceitar as diferenças com os alunos do Ensino Fundamental, além de ser uma lição de amizade e superação.

5. Soul Surfer – Coragem de Viver (2011)

  • Classificação indicativa: não recomendado para menores de 10 anos.

Soul Surfer – Coragem de Viver, conta a história real da surfista campeã norte-americana, Bethany Hamilton, que aos 13 anos tem sua vida transformada após ser atacada por um tubarão e perder o braço esquerdo.

O drama mostra as dificuldades enfrentadas pela atleta e se transforma em um filme de superação ao mostrar que, apesar da grave lesão, Bethany consegue voltar a praticar surfe, fazendo um dos retornos mais incríveis da história do esporte mundial.

6. Hoje eu quero voltar sozinho (2014)

  • Classificação indicativa: não recomendado para menores de 12 anos.

Hoje Eu Quero Voltar Sozinho é um filme brasileiro, dirigido, produzido e roteirizado por Daniel Ribeiro. A história apresenta o dia a dia de Leonardo, um estudante cego do Ensino Médio que deseja ser independente, mas para isso precisa lidar com a mãe superprotetora.

Com a chegada de um aluno novo na escola, Leonardo descobre sentimentos que o fazem entender mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

O filme aborda temas importantes como deficiência, homossexualidade, bullying e preconceito com muita sensibilidade e é uma ótima opção para introduzir o debate sobre diversidade e inclusão com os alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.

7. Atypical (2017-2021)

  • Classificação indicativa: não recomendado para menores de 14 anos.

Atypical é uma série norte-americana de comédia dramática, criada e escrita por Robia Rashid e produzida pela rede de streaming Netflix.

Em quatro temporadas que foram lançadas entre 2017 e 2021, o show conta a história de Sam Gardner, um jovem de 18 anos diagnosticado dentro do espectro autista. No fim da adolescência e começo da vida adulta, Sam precisa lidar com questões como faculdade, relacionamento amoroso, sexualidade e pais superprotetores.

A série fala sobre bullying, família, amizades, relacionamentos e amadurecimento de forma perspicaz, uma boa opção para debater a inclusão social de pessoas diagnosticadas dentro do espectro autismo com os alunos do Ensino Médio.

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