Educação para todos: professores da CRE Blumenau debatem sobre inclusão

O II Seminário de Educação Inclusiva reuniu 600 professores das 45 unidades escolares da rede pública estadual de ensino

Sala de Aula Publicado em: Autor: Paula Gabiatti

Contribuir para a formação continuada dos professores da educação especial com a finalidade de ampliar a formação docente e fortalecer a atuação dos educadores na construção de práticas educacionais que atendam à diversidade e a inclusão.

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II Seminário de Educação Inclusiva reuniu 600 professores em Blumenau- Foto: CRE Blumenau/Divulgação/Educa SC

Este foi o objetivo do II Seminário de Educação Inclusiva, que reuniu na última quinta-feira (9) em Blumenau, mais de 600 professores das 45 unidades escolares da rede pública estadual de ensino da cidade, além dos professores da educação especial de Luiz Alves, Gaspar, Ilhota e Pomerode, para um dia inteiro de capacitação.

De acordo com a coordenadora da Coordenadoria Regional de Educação (CRE) de Blumenau, Cleusa F. Kratz, para construir uma sociedade mais justa e igualitária, que reconheça a diferença humana, é preciso começar pela educação, promovendo um ambiente escolar diverso, inclusivo e acolhedor.

“Toda escola precisa estar preparada para oferecer uma educação que atenda todas às necessidades dos nossos alunos. Nossa regional tem em média 33 mil alunos, cerca de 10% possuem pareceres favoráveis para contratação de um professor que faça um trabalho diferente com esse educando, a ponto que ele se sinta parte do todo. Parceria e colaboração são palavras-chave para que a inclusão seja efetiva no contexto escolar, garantindo acesso, permanência e participação de toda comunidade escolar. O seminário tem por objetivo a valorização desses profissionais da educação especial, que diante das dificuldades enfrentadas no dia a dia fazem o diferencial com seus educandos”, explica.

Em sua segunda edição, o seminário contou com palestras e rodas de conversas sobre a importância do direito à educação para todas as pessoas, especialmente sobre o trabalho de professores que atuam com os alunos cegos, contribuindo para um aprofundamento sobre as relações entre inclusão e educação, igualdade e diferença, na sua complexidade.

Segundo a supervisora de gestão escolar da Gerência de Educação de Blumenau, Simone Aparecida Bianchi, a ideia é desenvolver um diálogo com teorias pertinentes em relação ao desenho universal, a reflexão da importância da avaliação e das práticas pedagógicas na educação especial, além de instrumentalizar os educadores para o exercício de seu papel como agentes da inclusão nas unidades de ensino da rede estadual de Santa Catarina.

“Queremos que as pessoas entendam que o professor de educação especial faz um trabalho magnífico e precisa ser respeitado e valorizado. Nós temos um respeito muito grande por eles e lutamos para que todas as deficiências e transtornos sejam realmente atendidas, por isso a necessidade de reconhecer e valorizar esse trabalho”, destaca.

Durante todo o dia, os profissionais tiveram a oportunidade de ouvir palestrantes que falaram sobre a educação especial na perspectiva da educação, deficiência visual na inclusão escolar, deficiência auditiva e seus desafios, além do qual o papel dos professores na educação inclusiva.

 

Palestras

Durante o evento foram realizadas palestras com profissionais da área. O evento começou com a palestra “Seja Forte, Minha Nova Vida”, de Silvana Santos, que deu seu testemunho de vida, contando como passou a fazer parte do público da educação especial e como o trabalho desses professores é fundamental na vida de pessoas com deficiência.

Na sequência aconteceu a palestra do coordenador da educação especial na Gerência Modalidades e Diversidades Curriculares da SED, Anderson Rodrigo Floriano. Ele falou durante três horas sobre a Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.

Após o intervalo, foi realizada uma roda de conversa para debater o que havia sido apresentado durante a manhã. Na parte da tarde, o seminário trouxe o tema: Ressignificando a Deficiência Visual na Inclusão Escolar, abordado por Lizandra Sgrott, especialista em Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Para finalizar, a segunda professora, intérprete e professora bilíngue na rede estadual Dulcinéia Assis de Paula, tratou sobre os desafios de novas práticas educacionais no contexto inclusivo da deficiência auditiva/surdez.

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