Educação empreendedora: alunos desenvolvem produtos de higiene em escola de Imbituba

Alunos da EEB Professora Gracinda Augusta Machado, de Imbituba, desenvolveram produtos de higiene em projeto interdisciplinar para Feira de Ciências da escola

Notícias das Escolas Publicado em: Autor: Nathália Melo

Incluir a educação empreendedora nas escolas é fundamental para formar novos empreendedores capazes de transformar a sociedade por meio de ações inovadoras. Em Imbituba, no litoral Sul de Santa Catarina, a Escola de Educação Básica (EEB) Professora Gracinda Augusta Machado organizou uma Feira de Ciências para aproximar os alunos do tema.

Alunos da EEB Professora Gracinda Augusta Machado de Imbituba em sala de aula, assistindo palestra sobre educação empreendedora

Alunos da EEB Professora Gracinda Augusta Machado, de Imbituba, assistiram a duas palestras sobre empreendedorismo – Foto: EEB Professora Gracinda Augusta Machado/Divulgação/Educa SC

Para trabalhar a prática empreendedora na escola, os alunos do Ensino Médio da unidade desenvolveram produtos de higiene como sabonete líquido, sabonete em barra, sabão em barra, álcool gel 70% e detergente de cozinha.

Os itens foram produzidos em um projeto interdisciplinar envolvendo as áreas do conhecimento de Matemática e Ciências da Natureza, previstas pela Base Nacional Curricular Comum (BNCC), do Novo Ensino Médio.

Marizet de Oliveira Antônio, professora de matemática, conta que orientou os estudantes junto com os professores de química, física e biologia. De acordo com a educadora, os alunos aprenderam a calcular a quantidade de matéria prima necessária e os custos da produção, além de aprender sobre a comercialização dos produtos e a confecção das embalagens.

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Alunos no laboratório de química da EEB Professora Gracinda Augusta Machado, de Imbituba, sendo orientados por professor de química, na produção de itens de higirn

Maiconn Christiann Hoffmann Barboza orientou os estudantes na produção dos itens de higiene – Foto: EEB Professora Gracinda Augusta Machado/Divulgação/Educa SCNa parte de química, os estudantes aprenderam sobre soluções homogêneas e heterogêneas, índice de saponificação, diluição, concentração, porcentagem em massa, título, entre outros conteúdos.

De acordo com Christiann Hoffmann Barboza, professor orientador do laboratório de química, projetos interdisciplinares como esse são dotados de muito aprendizado. “Desta forma, conseguimos trabalhar os conteúdos programáticos em comum acordo com as práticas pedagógicas que enriquecem o conhecimento, sem falar da oportunidade de trabalhar a contextualização”, explica.

Além disso, segundo o orientador, muitos estudantes manifestaram o interesse de seguir carreira em áreas voltadas para a produção de fármacos e para o empreendedorismo. “Tivemos relatos de alunos que tem intenção de ir para a área da Farmácia, outros pretendem ser empresários”, conta Maiconn.

Educação empreendedora: o que pensam os alunos sobre o tema?

A estudante Carolini Mendes Martins, 17, da terceira série do Ensino Médio da EEB Professora Gracinda Augusta Machado, participou da produção dos itens de higiene no projeto interdisciplinar, mas o que mais chamou a atenção da jovem foram as palestras voltadas ao empreendedorismo.

Alunos no laboratório de química da EEB Professora Gracinda Augusta Machado, de Imbituba, trabalhando na produção de itens de higiene para a feira de ciências da escola

Sabonete líquido e em barra, álcool gel e detergente foram alguns dos itens produzidos pelos estudantes para a Feira de Ciências da escola – Foto: EEB Professora Gracinda Augusta Machado/Divulgação/Educa SC

“É importante para que se possa entender o que realmente é empreender, que é diferente de ser um empresário, por exemplo. Empreender é você ser capaz de criar soluções inovadoras que transformem uma realidade”, conta.

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Já para Vinícius Bittencourt de Souza, 18, também aluno da terceira série do Ensino Médio, descobrir os impactos ambientais na produção de itens de higiene pessoal e matemática financeira foram os assuntos mais interessantes no projeto.

“De forma geral, foi uma experiência muito positiva e de grande valor para nosso dia a dia. É importante para criar uma noção de como são feitos produtos que temos acesso diariamente, ter consciência sobre as matérias usadas, como impacta o meio ambiente, como pode intervir na vida de cada um também, além do aprendizado financeiro”, destaca o estudante.

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