Garantir a disponibilidade da água potável e saneamento para todos é o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) de número seis estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na lista de metas que compõe a Agenda 2030 – um plano de ação global que reúne 17 objetivos e 169 metas para erradicar a pobreza, proteger o clima e o meio ambiente e garantir a paz até o final da década.
Em São Francisco do Sul, no Litoral Norte do Estado, alunos do sexto ano do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica (EEB) Engenheiro Annes Gualberto construíram, com a ajuda dos pais, uma cisterna para captar a água da chuva e promover o uso sustentável da água na unidade.
De acordo com Vanessa Fonseca, educadora ambiental e coordenadora do projeto, o depósito construído pelos estudantes tem capacidade para armazenar 400 litros de água que serão utilizadas para limpeza do pátio da escola. Segundo a pedagoga, a instituição já tinha uma cisterna central que abastece os banheiros da unidade de ensino.
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A ação desenvolvida pelos alunos faz parte de uma série de ações que visam a conservação do meio ambiente e o incentivo de práticas sustentáveis que a EEB Engenheiro Annes Gualberto adotou no início do ano letivo de 2021.
No ano passado, o projeto chamado “Feira Ambiental: a importância de proteger o meio ambiente” recebeu um recurso de R$ 10 mil do Fundo Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Francisco do Sul. No entanto, por conta da pandemia de Covid-19, a mobilização dos estudantes começou a tomar forma apenas neste ano, com a retomada das aulas presenciais na unidade de ensino.
Apoio dos pais
Os alunos do sexto ano matutino desenvolveram o projeto, realizaram uma pesquisa sobre como montar a cisterna e conversaram com as zeladoras sobre como utilizar a água do reservatório para limpeza do pátio da escola. Além disso, a construção do sistema de captação da água da chuva contou com o auxílio dos pais dos estudantes, diz Vanessa.
George Willian Wulf, pai do aluno Kaio Yan Wulf, 12, foi um dos que ajudaram na instalação da cisterna. “Os pais têm que ser presentes na escola também. O conhecimento não tem limites e o prazer de ver as crianças perguntando e tirando suas dúvidas não tem preço” afirma.
Conhecimento atravessa gerações
De acordo com o gestor da EEB Engenheiro Annes Gualberto, Marcelo Braga, a escola procura envolver a comunidade em todas as ações do projeto ambiental com o objetivo de incentivar uma conscientização geral.
“Tudo a gente trabalha com a comunidade. Nada a gente faz sozinho. A importância é que a comunidade esteja inserida dentro desse projeto, que eles saibam que além dos alunos, também é importante para eles reciclar o lixo, preservar o meio ambiente, isso para nós é o principal” explica Marcelo.
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O pai do jovem Kaio Yan é um exemplo de que projetos escolares envolvendo a comunidade podem incentivar práticas sustentáveis entre os adultos também. George Wulf conta que tem o costume de reciclar o lixo e de captar água da chuva para usar na obra, além de utilizar uma calha para coletar a água da lavação de roupas para ser usada em outra limpeza. “O futuro das nossas crianças é o nosso reflexo” destaca George.