Estudantes da Escola de Educação Básica (EEB) Gama Rosa, em São Pedro de Alcântara, participaram de um projeto que uniu a neurociência com a semana da Consciência Negra. Com o nome “Respeito não tem cor, tem consciência!’’, alunos do 6° ao 9° ano, estudaram as lutas enfrentadas pelos negros e os temas atuais sobre o racismo, de forma que conseguissem entender como se dá a consciência sobre algo a partir do nosso cérebro.
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A educadora Ana Paula Schmitt, ministra a disciplina de Língua Portuguesa e há algum tempo vem inovando sua forma de ensinar, aplicando a neurociência como base nos seus planos de aula.
A professora explica que o objetivo dessa união é demonstrar a importância das contribuições neurocientíficas para o desenvolvimento da aprendizagem no contexto educacional. E afirma que, saber de onde vem um ato consciente no nosso cérebro, como se dá e que comportamentos gera, é a chave para conseguirmos refletir como as nossas falas e comportamentos impactam o outro.
“Se não tivermos um olhar individualizado e também coletivo do público que chega às escolas, não teremos aprendizagens significativas, pelo contrário, teremos repetidores de conteúdo, esponjas, que só absorvem e nada contribuem para o seu processo de desenvolvimento’’, afirma Ana Paula.
E para celebrar o mês da Consciência Negra, a professora decidiu aplicar a neurociência no estudo da história da luta contra o racismo e pela igualdade racial. Na primeira atividade, os alunos conheceram mais sobre o tema, histórias e lutas dos negros, por meio de um encarte preparado pela educadora.
O segundo momento do projeto envolveu a montagem de fotos para estudo e aprofundamento sobre a consciência negra, seguido de uma roda de conversa entre os alunos para debater sobre o que sabem, pensam e se comportam diante do assunto.
‘’Nós estamos refletindo sobre a consciência negra para repensar sobre o respeito e a empatia com o outro. Assim, vamos nos colocando no lugar do próximo e, independente da cor ou raça, temos que respeitar, é assim que fazemos a nossa parte’’, conta a aluna Isabela Reitz, do 6° ano do Ensino Fundamental.
Para finalizar as atividades propostas pela professora de Língua Portuguesa, os alunos fizeram bonecos de guardanapo, com cores, estilos, expressões e emoções diferentes, para simbolizar a consciência e respeito com as diferentes culturas, heranças e etnias que formam o nosso país.
Iniciativas como a de Ana Paula são essenciais para formar uma sociedade mais igualitária, independentemente da cor, raça ou credo. É a partir da educação antirracista que novos cidadãos serão formados e terão como um de seus princípios, a consciência e o respeito como base para qualquer relação.