A conversa é uma das bases da vida. Em quase todos os momentos do nosso dia a dia, vemos a necessidade de nos comunicarmos, seja verbalmente ou até por sinais. De um jeito ou de outro, desde o surgimento das redes sociais, a conversa cara a cara tornou-se algo carregado de ansiedades e nervosismos.
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Quem nunca sentiu a sensação horrível de procurar assuntos loucamente na cabeça por conta de um silêncio constrangedor? Não tem nada mais inquietante do que uma conversa que não funciona. Para melhorar as nossas relações com os outros, compreendê-los e sermos compreendidos, é importante recuperarmos o bom hábito de conversar com atenção, interesse e tempo.
Com o intuito de ajudar você nesta jornada, separamos quatro dicas que vão potencializar os seus diálogos e melhorar as suas relações.
1. Faça perguntas
Isso parece óbvio, porém, é um hábito muitas vezes esquecido. Se você procura por conversas não pausadas, que não precise ficar o tempo todo buscando novos assuntos, você precisa se esforçar para fazer perguntas.
Pessoas que fazem perguntas também são consideradas mais simpáticas e interessadas na vida do outro. Mas elas precisam ser pensadas, não são todas as questões que são consideradas atraentes.
Por exemplo, se você nunca fizer perguntas sobre o assunto anterior que a pessoa estava falando, vai parecer que não está escutando ou que não curte o que ela diz. Nós gostamos de falar sobre nós mesmos, mas subestimamos os benefícios de deixar que os outros façam o mesmo — o que prejudica os nossos relacionamentos.
2. Escute o outro
Um dos maiores obstáculos para um diálogo de sucesso é a incapacidade das pessoas de ouvir o outro com habilidade e compreensão. Ao invés de somente escutarmos enquanto alguém está falando conosco, procuramos assuntos que podemos falar em seguida, interrompendo o processo de escuta. Dessa forma, perde-se a conexão e o eventual interesse.
Procure exercitar ouvir os outros sem compromisso de dar uma resposta logo em seguida. Sabemos que pode parecer algo difícil, mas você vai ver que quando realmente paramos para escutar alguém, a conversa e os assuntos vão fluir muito mais. Não tem problema nenhum de demorar alguns segundinhos para formular uma resposta.
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3. Preste atenção na empatia
Ouvimos em diversas situações da nossa vida que precisamos nos colocar no lugar dos outros. Porém, apesar de ser um assunto recorrente, a nossa empatia não é tão verdadeira quanto pensamos. Infelizmente, a razão para isso é o egocentrismo.
O ser humano costuma usar a sua própria experiência como indicador para os outros, como sinal de congruência. E isso não é uma coisa ruim quando usada da maneira certa. Entretanto, o egocentrismo é muito prejudicial quando observado em situações em que tiramos a importância dos sentimentos do outro.
Por exemplo, a sua melhor amiga te confessa que está muito triste por conta de uma briga que teve com os pais. Você, invés de validar os sentimentos dela e confortá-la, fala que já vivenciou isso também e passa a contar a sua própria experiência com o assunto.
Apesar de sua intenção ter sido se relacionar com a dor alheia a partir do seu ponto de vista, parece que você está apenas puxando o assunto para si, descredibilizando o momento de tristeza da sua amiga, que veio buscar apenas um ponto de conforto.
Tendo consciência deste ponto, você será capaz de usar suas próprias experiências com precisão e sabedoria. Como dissemos anteriormente, quando usado da forma correta, as nossas experiências vão contribuir para a situação. Mas nunca esqueça que nem sempre é assim. Avalie a conversa!
4. Na dúvida, escolha assuntos familiares
É normal acharmos que conversas originais e cheias de criatividade vão cativar qualquer pessoa que esteja nos ouvindo, mas estudos indicam que nem sempre é assim.
Existe um fenômeno conhecido como “punição por novidade”, ele significa que quando discutimos algo novo, em comparação com assuntos que já são familiares, as pessoas costumam ter menos interesse na conversa.
Isso acontece porque em assuntos completamente novos, a nossa “audiência” não tem conhecimento suficiente para compreender tudo o que estamos dizendo e as sensações que vivenciamos. Quando uma temática é comum, os próprios ouvintes conseguem preencher as lacunas da história.
Exemplo: você está em uma roda de amigos e todos estão conversando sobre um dia que você não estava presente. Dá bem menos vontade de ingressar na conversa do que em um dia que você estava junto, certo?
Mas também isso não significa que você nunca pode falar sobre assuntos novos, muito pelo contrário. Só tem que tomar cuidado com a frequência, a forma e o momento que você introduz esse tipo de conversa.