Consciência Negra: 7 ativistas negras brasileiras que você precisa conhecer

No Mês da Consciência Negra, confira sete ativistas negras brasileiras que se destacam na luta contra o racismo

Formação Publicado em: Autor: Nathália Melo

O Mês de novembro no Brasil é marcado por ações que celebram a Consciência Negra, data que relembra a luta dos movimentos sociais pela igualdade e contra o preconceito racial. Na semana da Consciência Negra, confira sete ativistas negras brasileiras que se destacam no combate ao racismo e à desigualdade de gênero.

 ativistas negras de mãos dadas

No Mês da Consciência Negra, conheça 7 mulheres negras que se mobilizam contra o racismo e a disparidade de gênero – Foto: iStock/Divulgação/Educa SC

1. Sueli Carneiro

Sueli Carneiro

Sueli Carneiro, fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra – Foto: André Seiti/Acervo Itaú Cultural/Divulgação/Educa SC

Aparecida Sueli Carneiro, doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP), escritora e ativista dos direitos humanos, foi responsável por fundar, em 1988, o Geledés – Instituto da Mulher Negra, uma das maiores ONGs do Brasil que atua no combate ao racismo e à discriminação de gênero por meio de políticas públicas e de projetos próprios ou em parceria com outras organizações.

O nome da instituição é uma homenagem a um festival religioso anual celebrado durante a época de seca, entre março e maio, nas comunidades tradicionais iorubás, no sudoeste da Nigéria e no país vizinho, Benim.

2. Djamila Ribeiro

Ativista do movimento negro, Djamila Ribeiro

Djamila Ribeiro, filósofa autora do livro “Pequeno Manual Antirracista” – Foto: Agência PT de Notícias/Divulgação/Educa SC

Djamila Taís Ribeiro dos Santos é filósofa, escritora, acadêmica, ativista e referência quando o assunto é feminismo negro. Tornou-se popular na internet com sua presença ativa nas redes sociais, atualmente conta com mais de um milhão de seguidores no Instagram.

Publicou em 2019, o livro “Pequeno Manual Antirracista”, em que explica que o racismo está estruturado na sociedade brasileira e apresenta formas de combatê-lo. Em 2020, o livro recebeu o Prêmio Jabuti, o mais tradicional da literatura brasileira, na categoria “Ciências Humanas”.

3. Winnie Bueno

Winnie Bueno, atrás uma estante de livros

Winnie Bueno, criadora da WinnieTeca, projeto que incentiva à doação de livros a ativistas negros – Foto: Marília Dias

A ativista do movimento negro e pesquisadora, Winnie Bueno, criou em 20 de novembro de 2018 a WinnieTeca, iniciativa que começou no Twitter e que tem por objetivo estimular a doação de livros pela internet à leitores negros que não tem condições de comprar.

Desde sua criação, o projeto já entregou milhares de exemplares em todo o Brasil. Leitora voraz desde cedo, a bacharel em Direito e doutoranda em Sociologia, aposta na literatura contra o racismo.

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4. Preta Rara

Rapper, escritora e ativista negra, Preta Rara posando para foto em um fundo cor de rosa

Preta Rara é autora do livro “Eu, empregada doméstica” – Foto: Juh Guedes Fotografia

A rapper, professora de história, feminista e ativista brasileira, Joyce da Silva Fernandes, conhecida como Preta Rara, ganhou notoriedade nas redes sociais em 2016, após denunciar em sua página do Facebook os abusos e racismo sofridos de diferentes empregadores durante os nove anos em que trabalhou como empregada doméstica em São Paulo.

Em 2019, lançou o livro “Eu, empregada doméstica: A senzala moderna é o quartinho da empregada” (Editora Letramento), que reúne relatos de violências vividas por trabalhadoras, a maioria mulheres negras, em todo o país.

5. Erika Hilton

Erika Hilton Foto: Rafael Canoba

Erika Hilton é a vereadora mais votada do Brasil em novembro de 2020 – Foto: Rafael Canoba/Divulgação/Educa SC

Erika Santos Silva, conhecida como Erika Hilton, nascida em São Paulo, é ativista do movimento negro e LGBT e política brasileira. Em novembro de 2020, foi a mulher mais votada do Brasil e se tornou a primeira vereadora negra e transgênero nas eleições municipais de São Paulo.

Em março de 2021, foi nomeada presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Vereadores de São Paulo. Em outubro, recebeu o prêmio Most Influential People of African Decent (MIPAD), na categoria “Política e Governança”. A condecoração oferecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), reconhece as pessoas negras mais influentes no mundo.

6. Fatou Ndiyae

Fatou Ndiaye, adolescente de 16 anos, sorrindo

Fatou Ndiaye fundou a empresa Afrikan Academy, após sofrer ataques racistas dos colegas de classe em 2020 – Foto: Fundação Telefônica Vivo/Divulgação/Educa SC

Fatou Ndiyae é uma adolescente de 16 anos, filha de senegaleses que moram no Brasil. Em maio de 2020, a estudante foi alvo de racismo em uma troca de mensagens entre alunos da escola particular que frequentava, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Após o episódio, a adolescente se tornou popular na internet por sua resistência e ativismo antirracista. Em junho de 2021, lançou a empresa Afrika Academy, a plataforma digital oferece consultoria em diversidade para grandes empresas.

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7. Gabi Oliveira

Gabriela Oliveira

Gabriela Oliveira criou o canal “DePretas” – Foto: Instagram/Divulgação/Educa SC

Gabriela Oliveira, ativista, comunicadora social e criadora de conteúdo para internet, formada em Relações Públicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tornou-se popular nas redes sociais a partir de julho de 2015, quando criou um canal na plataforma YouTube, voltado para o público negro. Iniciado como um projeto de conclusão de curso, o vlog chamado “DePretas”, conta atualmente com 661 mil inscritos e cerca de 25 milhões de visualizações.

Em seus vídeos, a influenciadora fala sobre autoestima, autoaceitação e preconceito, além de dar dicas sobre cuidados com cabelo crespo e maquiagem para pele negra. Sua palestra na conferência TEDx “Um novo olhar sobre a pessoa negra; novas narrativas importam” tem mais de 200 mil visualizações.

Mês da Diversidade Cultural

Durante todo este mês de novembro, o Educa SC apresenta uma série de conteúdos no canal e no portal para falar sobre a Diversidade Cultural e importância de discussão sobre o assunto nas escolas catarinenses.

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