Estudo na prática: 4 cidades do Oeste catarinense para aprender sobre Alemanha, Itália e Áustria

O Oeste catarinense é um ótimo destino para aprender sobre diversas culturas em paisagens deslumbrantes

Formação Publicado em: Autor: Júlia Duvoisin

Alemães, italianos e austríacos? Sim! O Oeste catarinense é uma das regiões do estado mais ricas em culturas diversas por conta de sua colonização “em grande escala”. A mistura das tradições, saberes, línguas e arquitetura está presente até os dias de hoje em várias cidades, formando o Vale dos Imigrantes, a nova região turística do Estado.

oeste catarinense

No Oeste catarinense, as tradições dos imigrantes estão vivas em quase todos os costumes da regiçao – Foto: Agência Somenzi/Divulgação

Leia mais: Estudo na prática: História por meio da trajetória de Anita Garibaldi

O Oeste foi explorado em maioria por “colonizadores” já nascidos no Brasil. Eram da terceira geração brasileira descendente dos imigrantes das “colônias velhas” do Rio Grande do Sul que descobriram na região uma nova esperança de vida, já que em suas antigas casas a escassez de terras era uma realidade assustadora.

Mas, de qualquer forma, a presença de descendentes de italianos, alemães e austríacos concentra no Vale dos Imigrantes o que tem de melhor em cada cultura europeia. Conheça quatro cidades para você estudar na prática tudo o que elas têm a oferecer.

1. Itapiranga

itapiranga

A Oktoberfest também faz parte da cultura da cidade de Itapiranga – Foto: Prefeitura de Itapiranga/ Divulgação

A influência dos colonizadores alemães fez da cidade, fundada em 1929, uma atração especial da região. Itapiranga foi a primeira cidade de Santa Catarina a organizar a festa Oktoberfest com gastronomia, danças típicas, concursos de chope, desfile de carros alegóricos e várias outras comemorações tradicionais.

Por todo o município, construções em estilo germânico chamam atenção com seus jardins floridos. Quem conhece Itapiranga sente um gostinho da Alemanha no Brasil e fica mais perto de conhecer toda a riqueza de sua história.

2. Fraiburgo

A Terra da Maçã, como Fraiburgo é conhecida popularmente, é uma cidade que teve em sua formação uma forte influência de imigrantes europeus, especialmente alemães, austríacos e italianos. Contudo, outras nacionalidades também contribuíram em outros aspectos como religião e economia.

Fraiburgo é um dos maiores produtores nacionais de maçã por conta de sua altitude de 1.048 metros – o que possibilita um inverno muito frio e um verão mais ameno, o que deixa as estações próximas ao clima alpino.

Por toda a cidade você vai encontrar maçãs e tudo relacionado à ela. O turismo da cidade é baseado em sua economia que gira em torno da fruta. Se você gosta de maçã, Fraiburgo é um local que você não pode deixar de conhecer, um pomar coletivo.

Leia mais: 6 documentários para assistir nas férias

3. Treze Tílias

Por toda cidade, casas pintadas de branco são vistas em homeagem aos costumes austríacos – Foto: Agência Somenzi

Treze Tílias é uma das poucas cidades no Oeste catarinense que teve sua colonização inteiramente por pessoas vinda da Europa, sobretudo da Áustria. As semelhanças naturais e climáticas com a região do Tirol foram decisivas na época de sua fundação, em 1933.

Os costumes e tradições dos descendentes ainda são vivos e preservados nas danças folclóricas, música, vestimentas e gastronomia. As tradições são relevadas em quase tudo que a cidade oferece, desde as receitas até os saberes locais.

O clima da região também influenciou para a perpetuação da cultura, já que por conta da similaridade com a Áustria, os mesmos alimentos podem ser cultivados.

Treze Tílias é uma cidade que merece ser conhecida por suas paisagens, sobrados brancos com detalhes em madeira, casas com floreira nas janelas e lindos jardins.

4. Arroio Trinta

arroio trinta

Portal de entrada da cidade de Arroio Trinta – Foto: Governo de Santa Catarina/Divulgação

Arroio Trinta é uma cidade pequena no Oeste. Com seus 3.500 habitantes, ninguém sabe que o município é considerado a Capital Catarinense da Cultura Italiana. Foi fundada em 1923 quando algumas famílias de agricultores de origem italiana descobriram a região.

Neste primeiro contato, chamaram o local de “Encruzilhada”, porque ali cruzavam dois caminhos utilizados pelos tropeiros vindos do Rio Grande do Sul para vender xarque. O nome Arroio Trinta veio mais tarde.

A preservação da cultura italiana começa já na escola, onde os pequenos são obrigados a aprender o idioma na sua grade curricular. Além disso, o portal de acesso à cidade tem sua arquitetura inspirada na Ponte de Rialto, de Veneza, na Itália.

Confira mais Notícias