Em Tubarão, no Sul do Estado, a Escola de Educação Básica (EEB) Henrique Fontes criou um prêmio para estimular o hábito de leitura nos estudantes. A aluna Joyce Francisco Dias, 17, da segunda série do Ensino Médio, recebeu a recompensa após ler cerca de 70 livros durante o ano letivo.
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De acordo com a assessora de direção da unidade de ensino, Renata Boa Hora Goulart, a gratificação faz parte do Projeto Pedagógico Henrique Fontes – Somando Saberes, uma iniciativa da escola no qual cada segmento deve ser responsável por pelo menos uma atividade de aprendizagem interdisciplinar por semestre.
Segundo Renata, as atividades envolvidas no projeto não estão ligadas apenas à leitura, no entanto, como os alunos leram muito em virtude do projeto, a professora Mariselma Calegari Zanella, responsável pela biblioteca da escola, teve a ideia de presentear um estudante do Ensino Médio e outro do Ensino Fundamental pela quantidade de livros lidos na escola.
“Tal iniciativa serviu de inspiração aos demais, pois quem lê interpreta e entende melhor a nossa sociedade”, destaca Renata.
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Mariselma, que teve a ideia de recompensar os alunos pela dedicação à leitura, conta que tudo começou como uma brincadeira, pois a escola havia recebido vários exemplares e a bibliotecária desejava que os estudantes tomassem gosto pelas obras.
Como o interesse dos alunos foi aumentando, a educadora pensou em presentear o aluno que lesse mais livros no período entre setembro a novembro, pois antes, para seguir os protocolos de segurança devido à pandemia de Covid-19, a biblioteca não estava emprestando mais livros.
“O prêmio é simbólico. A ideia é que eles gostem de estar na biblioteca, tomar gosto pela leitura de vários gêneros, pois vivemos em uma era tão tecnológica, saber que temos adolescentes que se interessam por livros é gratificante”, conta a bibliotecária.
A estudante Joyce Francisco Dias, agraciada com o prêmio (uma agenda, caneta e lápis), leu cerca de 70 livros durante o ano, 18 deles emprestados da biblioteca da escola. Entre os títulos preferidos da adolescente estão o drama romântico “Como eu era antes de você” da escritora britânica Jojo Moyes e a trilogia distópica “Jogos Vorazes”, da autora estadunidense Suzanne Collins.
“Foi bem gratificante receber um prêmio por fazer apenas algo que eu amo. Ler é uma válvula de escape para mim, eu não saberia viver sem os livros. Eu vejo como algo essencial, principalmente nesses últimos tempos em que tudo está muito agitado, me ajuda a descansar e esquecer dos problemas ao meu redor”, relata a adolescente.
Hábito desde a infância
Segundo a estudante, a paixão pelos livros começou na infância, aos 10 anos de idade, com a leitura de gibis que ganhava de presente dos pais. “Eu ganhava bastante gibis na época e me interessei por ler, nisso eu comecei a pedir por livros e sempre que dava eles iam me dando, principalmente da coleção de Diário de uma Garota Nada Popular”, conta Joyce.
Cristiano Martins Dias, pai da adolescente, conta que a leitura faz parte da vida da jovem e se diz muito orgulhoso da filha. “Desde nova, aos 10 anos, ela já gostava de revistas em quadrinhos, daí por diante começamos a comprar livros e incentivar, tomou gosto pela leitura e não parou mais”, destaca o pai.