Muitas vezes esquecemos que tudo na natureza é interligado. A evidência disso são as mudanças climáticas, que afetam fortemente o desempenho da produção de alimentos, isso porque o clima é responsável por 30% desse rendimento. E com essa realidade que o Brasil enfrenta, toda a infraestrutura é comprometida, de forma a afetar o crescimento do país.
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Diante disso, os períodos de seca estão sendo prolongados, e nessa perspectiva, o desenvolvimento das plantas é prejudicado, assim como o enchimento dos grãos e a qualidade das pastagens. Isso porque para que a plantação se desenvolva de maneira saudável, é crucial que a terra e o clima se mantenham em condições estáveis para tal.
Já nos períodos de chuva em excesso, as chances de alagamentos e desabamentos são grandes, o que acaba proporcionando ao solo a compactação, e nesse processo ele é reduzido com a expulsão de ar, dificultando que os seus nutrientes alimentem as plantações.
Com esses acontecimentos constantes, a economia do Brasil começa a ser afetada. Como a população brasileira vai ser nutrida e ainda exportar esses alimentos, se a natureza não está em condições para produzi-los?
Quando o clima começou a ter mudanças significativas?
Desde o início da história evolutiva do Brasil as mudanças climáticas estão presentes, ainda na formação da Terra. Porém, foi nos últimos 150 anos que o planeta teve a sua temperatura aumentada de forma considerável.
De acordo com a Organização Meteorológica Mundial, a Terra está mais quente do que no período da Revolução Industrial. Nesse cenário que os brasileiros viveram, o mundo mudou não só economicamente mas, principalmente, no modo de produção, onde a natureza começou a ser explorada e as mudanças climáticas cresceram desenfreadamente.
Esse consumo e produção elevados, além de aumentar a exploração dos recursos naturais, provocaram também a poluição atmosférica, por conta dos gases poluentes. Além disso, o desmatamento foi acelerado, e todos esses pontos provocaram drásticas mudanças no clima.
O Brasil enfrentará graves prejuízos econômicos se as emissões de gases não forem reduzidas
Segundo um estudo citado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), o PIB per capita do Brasil já é menor em cerca de 13,5% do que seria sem o aquecimento causado pelas atividades humanas.
Com o aquecimento global aumentando a cada dia, a capacidade de trabalho será reduzida pelo calor extremo que a população irá enfrentar em tempos futuros – mas não tão distante assim – isso se as emissões não forem eliminadas rapidamente.
Além dessas situações que irão afetar o Brasil, o mesmo também será prejudicado com as consequências climáticas do mundo todo. Isso pois esses impactos irão atingir as cadeias de abastecimento, os mercados, as finanças e os comércios globais, de forma que os bens no Brasil sejam reduzidos e os seus preços aumentados, além do mercado de exportação que será completamente afetado.
Todos esses fatores podem levar o Brasil a uma crise econômica com perda de PIB.
Como frear as mudanças climáticas?
No momento que o Brasil se encontra no que diz respeito ao aquecimento global, pode parecer impossível combater as mudanças climáticas. Porém, existem medidas que podem ser tomadas pelos governos, setor privado, sociedade e entidades.
Uma das esperanças possíveis, é a diminuição da queima de combustíveis fósseis, trocando por energia renovável, como a energia da biomassa, eólica e solar. Outra forma é investir no reflorestamento, uma vez que a vegetação absorve CO2, e as árvores são as responsáveis por esse fornecimento.
Esse plantio de árvores, além de ajudar no ar, também ajuda a revitalizar a flora dos biomas, fortalecendo o solo, impedindo a erosão e a má absorção de água das chuvas.
Esses são alguns pontos que podem e precisam ser trabalhados para ontem, não só no Brasil, mas como no mundo todo. Ressaltamos que esse é um trabalho conjunto, que precisa ser feito com base na mobilização do coletivo, para que a crise climática, seja ao menos freada, pois, não tem mais como mudar essa realidade após tantos anos.