O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) realizou um novo estudo referente às mudanças climáticas que o território brasileiro enfrenta, e o resultado é preocupante. Nele, os especialistas constataram que nos últimos 30 anos, a média de dias em que o Brasil passou registrando ondas de calor teve um aumento significativo, de 7 para 52 dias.
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A pesquisa foi realizada perante o pedido do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), liderada pelo pesquisador Inpe Lincoln Alves, com o objetivo de fundamentar o plano federal para adaptação do país à crise climática. Nela, foram analisados três fenômenos climáticos extremos no Brasil: dias consecutivos secos, precipitação máxima de 5 dias e as ondas de calor.
Nesse ano de 2023, o Brasil enfrentou muitas ondas de calor. Um exemplo são os termômetros de São Paulo que marcaram uma máxima de 37,7°C durante a semana do dia 12 de novembro, e essa foi a maior temperatura registrada desde 1943.
E mais, a pesquisa mostrou que esses casos não são de agora. O território brasileiro teve um disparo no que diz respeito às ondas de calor desde 1990, onde o valor para a década foi de 20 dias, em 2000 foram de 40 dias, e agora em 2023, batemos o recorde de 52 dias.
O que são as ondas de calor e como elas são geradas?
As ondas de calor são fenômenos climáticos, que são gerados pelo aumento anormal da temperatura. Esse excesso de calor é causado pela ação de massas de ar quente, e são intensificadas principalmente, pelas ações humanas.
Tais ações são potencializadas em áreas urbanas, em decorrência da poluição atmosférica, da queima de combustíveis, do adensamento urbano e da ausência de áreas verdes.
As ondas de calor são o principal elemento que compõe as mudanças climáticas atuais, e podem provocar significativas consequências em termos ambientais, econômicos, sociais e aos seres humanos.
Consequências da onda de calor
Entenda as consequências que as ondas de calor causam nos seres humanos:
- Desmaios;
- Dores de cabeça;
- Desidratação;
- Insolação;
- Morte por hipertemia.
Quanto à economia e ao meio ambiente, as consequências da onda de calor se resumem à:
- Aumento nos incêndios florestais;
- Perda de plantações e de rebanhos;
- Sobrecarga dos sistemas de energia elétrica.
Além desses pontos, o cientista Peter Becker prevê que o atual ciclo solar pode aumentar, e atinja o nível máximo em 2024. Mas o que aconteceria com esse nível no limite?
Saiba mais sobre a tempestade solar
O professor e cientista Peter Becker, da Universidade George Mason (Virgínia, EUA) é o responsável por desenvolver sistemas de alerta sobre atividades solares que possam vir a prejudicar a tecnologia no mundo.
De acordo com ele, uma enorme tempestade solar pode afetar todo o planeta Terra em 2024, considerado como o apocalipse da internet. Becker indica que a atividade solar pode afetar a tecnologia mundial, já que a internet cresceu enquanto estávamos num período de calmaria solar, e agora enfrenta uma fase ativa do sol.
O cientista e professor sugere que, caso a ejeção de massa coronal do Sol se direcione à Terra, teríamos cerca de 18 a 24 horas de aviso antes que as partículas atinjam o planeta e afetem todo o seu campo magnético.
Os danos causados não seriam limitados à internet, mas também à rede elétrica, cabos de fibra ótica, GPS, satélites e equipamentos de comunicação.