Governo vai investir para ter mais alunos da educação especial em classes comuns

O projeto conta com o objetivo da integração de mais de 2 milhões de estudantes com alguma necessidade especial na rede regular de ensino

Formação Publicado em: Autor: Redação Educa SC

O governo federal anunciou, nesta terça-feira (21), o investimento de R$3 bilhões ao longo dos próximos quatro anos, a fim de ampliar o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem de estudantes atípicos em escolas comuns, e não só nas especiais.

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Governo federal quer mais alunos especiais em classes comuns- Foto: iStock/Divulgação/Educa SC

Além disso, o governo pretende investir na formação dos professores, para que eles consigam auxiliar da melhor forma e com o conhecimento necessário, os alunos que requerem maior atenção e acolhimento.

A meta é que até o fim de 2026, mais de 2 milhões de estudantes da educação especial estejam matriculados nas classes comuns. Além disso, o governo também quer dobrar o número de escolas que recebem os recursos para as Salas de Recursos Multifuncionais.

E não acaba por aí, a governança tem como objetivo criar 27 observatórios de monitoramento e o lançamento de 6 editais para pesquisadores com alguma necessidade especial. E todas essas ações serão coordenadas pelo Ministério da Educação, que irá garantir a execução da política com investimento em formação.

Incluir os estudantes que possuem necessidades especiais nas mesmas programações dos alunos típicos é essencial para desenvolver o sentimento de igualdade e pertencimento do lugar aos alunos atípicos. Já nos colegas de classe, a inclusão desperta o sentimento de respeito às múltiplas diferenças de cada ser humano, fazendo com que compreendam que os direitos são iguais para todos.

 

A importância da integração de alunos especiais em classes comuns

 

A integração dos alunos atípicos com os típicos nas escolas, favorece a desconstrução de preconceitos, esses que sempre foram instaurados na sociedade perante às diferenças, e acabam sendo perpetuados nas escolas.

Além disso, os alunos que requerem mais cuidado do que os outros, quando estão juntos e misturados com eles, se sentem mais acolhidos e motivados, desenvolvendo, assim, o seu potencial ao máximo.

Porém, essa inclusão ainda é um desafio. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 70% das crianças que são atípicas não frequentam a escola. Esse é um número alarmante, não é mesmo? Mas além disso, ele também é preocupante, isso porque todo indivíduo tem direito à educação, como consta no Art.205 da Constituição.

 

Como falar com a classe sobre o assunto?

 

Um dos maiores objetivos das instituições – se não o maior – é proporcionar aos alunos um ambiente em que as diferenças sejam respeitadas e que todas as crianças consigam lidar bem com elas.

Ainda nesse contexto, quando as crianças têm a oportunidade de conviver, desde cedo, com os colegas que possuem as suas respectivas diferenças, elas se transformarão em adultos empáticos e conscientes. Mas quem deve assumir essa responsabilidade de ensinar as crianças a lidarem com as diferenças? A escola ou os pais?

A escola, como vimos acima, tem essa responsabilidade social de promover a integração de todas as crianças. Porém, a educação que os estudantes recebem em casa, também é essencial nesse processo. E para isso, a melhor alternativa é a comunicação.

Pois pela comunicação, o cuidador da criança ou o professor, consegue desmistificar a ideia de que as crianças que possuem alguma necessidade especial, são diferentes das outras crianças.

Salientamos ainda que, esse não é um processo de inclusão, pois essas crianças já estão incluídas na sociedade como um todo, é sobre um desenvolvimento para melhor conseguir acolhê-las e desenvolvê-las.

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