Infelizmente, lidar com questões de autoestima e auto aceitação nunca foram coisas fáceis. Você já deixou de fazer algo por conta de julgamentos alheios? Ficou mal por não se encaixar dentro dos padrões das redes sociais? Com a crescente da internet, tornou-se ainda mais desafiador conviver com estes sentimentos.
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A adolescência pode ser uma fase muito difícil. Além de todas as mudanças internas e externas, a cobrança da sociedade em relação à quem somos e vamos nos tornar é algo muito real. Familiares, amigos, colegas, parceiros e as redes sociais podem ser focos de pressão e imposição.
Certos estilos de vida, traços de personalidade e aparência são supervalorizados na sociedade, fazendo com que tudo que seja destoante deste padrão, geralmente, seja visto de forma ruim. Este traço doentio na sociedade traz diversos tipos de decepções e frustrações relacionados a expectativas não correspondidas, inclusive no mundo escolar e acadêmico.
Padrões inalcançáveis
Celebridades como o clã das Kardashians revolucionaram o padrão estético do mundo atual. No meio de filtros, cirurgias plásticas e retoque de fotos, crianças e adolescentes estão crescendo em um mundo que é fisicamente impossível chegar próximo ao que postam no Instagram, despertando um sentimento de frustração na comparação.
Porém, apesar de todos os desafios que os jovens precisam enfrentar na entrada da vida adulta, existem ensinamentos que podem ser úteis na jornada da auto aceitação e descobrimento de quem querem se tornar.
O machismo, cultura da competitividade feminina, indústria de beleza, julgamentos e masculinidade tóxica são aspectos da vida que precisam ser reposicionados quando o assunto é autoestima. Precisa-se entender que um corpo é muito mais do que “perfeito e ideal”, mas, sim, espaço que carrega uma vida cheia de singularidades internas e especiais.
A auto aceitação não é algo que ganhamos do dia para a noite, é um exercício diário de se enxergar com defeitos e qualidades e se abraçar desta forma, pois essa é a essência humana. Este processo, apesar de lento e doloroso, é um dos mais importantes, principalmente na adolescência, que estamos formando os princípios, ética e comportamentos que levaremos em fases posteriores da vida.
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Por conta disso, separamos alguns conselhos que acreditamos que vão te ajudar neste caminho de amor próprio, auto aceitação e auto estima.
1. Reflita sobre a sua vida
Parar um pouco para pensar sobre quais comportamentos estão nos fazendo mal no dia a dia, seja nas redes sociais ou na “vida real” é o primeiro passo para a mudança. Talvez a pressão social tenha influenciado na escolha da sua graduação, trabalho, moradia, amigos, corte de cabelo, estilo, dieta etc.
Identificar esses comportamentos permeados por pressões sociais é muito importante para retomar quem você realmente é. Até porque, normalmente, o segmento que lhe causa mais sofrimento é aquele que não corresponde com os seus verdadeiros gostos.
2. Tenha uma rede de apoio
Dividir suas angústias e preocupações com pessoas de sua confiança é uma ótima forma de se sentir querida e acolhida. Essas pessoas podem auxiliar a lidar com estas questões e fornecer um ponto de vista diferente do que você estava acostumada.
Contudo, apesar de ser muito importante ter as pessoas que você ama por perto, o acompanhamento psicológico ainda é a melhor opção. Os profissionais irão te ajudar tanto no processo de desligamento de crenças prejudiciais, quanto no processo de autoconhecimento.
3. Determine o que é melhor para você
Não tenha medo de agir de acordo com o que você acredita. Após reconhecer as pessoas e atitudes que estão contribuindo para o seu descontentamento, defina um plano de ação que irá cortar ou realocar essas partes na sua vida.
Sendo o protagonista da sua própria vida, será muito mais fácil fortalecer a autoconfiança e autoestima. Pode parecer algo sem importância, mas esses dois fatores determinam diversas interações que temos na vida, desde a escola até em relacionamentos pessoais.
4. Construa uma boa relação com o espelho
Desvincular-se dos padrões de beleza da sociedade ocidental é uma tarefa árdua. Em todas as propagandas, filmes, canais de televisão e redes sociais está estampado o que se espera, principalmente, das mulheres.
Porém, estabelecer um diálogo real e justo consigo mesma é muito importante. Praticar um exercício de reflexão e autoanálise, não só física, mas emocional, pode trazer sentimentos positivos em relação aos aspectos gerais da vida.
Tendo uma maior compreensão de quem se é e de como está emocionalmente presente, é mais fácil olhar para o padrão de beleza e perceber tudo que está errado com ele. Somos únicos e isso já é beleza suficiente.