Olhares, amores e devaneios. Opiniões, mudanças e esperança. Não é comum que tudo isso se junte em forma de arte de maneira atemporal, mas o melhor da música brasileira mostra que isso é possível. Elis Regina, dos anos 1960 a 1980, e Cássia Eller, nos anos 1990, são duas provas de que a união de melodias com identidade única e letras cruas e profundamente autorais resultam em obras eternas.
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São criações que vivem além de gerações e transmitem mensagens e sentimentos verdadeiros. Essas referências nos lembram o porquê de essa forma de arte ser tão bela: ela nos apresenta a artistas além de suas entranhas e permite que nos identifiquemos com suas vivências e sensações. É a forma mais autêntica de ser “Maluco Beleza”, tal qual Raul Seixas, na faixa de 1978.
Música não é nada sem amor, seja ele por uma pessoa, sensação, lugar ou momento. É o trilho que conduz histórias em todos os gêneros, da MPB ao rock, do reggae ao pop. E é aí que os relatos dos artistas tomam forma, realçando amores exaltados, como o de Cazuza em “Exagerado”, ou sonhadores e repletos de devaneios, como o de Nando Reis em “All Star”. E quem sabe amores cômicos, como o retratado por Clarice Falcão em “Oitavo Andar”, ou do tipo intrincado que nasce em “Equalize”, da Pitty.
Assim como não existe uma cultura melhor que a outra, não há gênero musical “superior”. Cada um tem o seu conjunto de significados e permite um tipo de conexão diferente. Cada tipo de música tem o seu contexto e sua mensagem, que muitas vezes vão além da letra – é isso que torna esse cenário tão vasto.
O seu hino
Você já parou para pensar que as músicas podem ter o objetivo de provocar mudanças e trazer discursos de revolução? Foi o que vimos há décadas, quando artistas como Rita Lee e Chico Buarque entregaram alguns dos seus melhores e mais importantes trabalhos.
Que tal transformar alguma experiência significativa da sua vida em arte? Seja poesia ou música, converter as nossas visões em palavras é uma forma de reviver bons momentos sob outro ponto de vista. Foi assim que muitos cantores e compositores começaram! Compartilhar as suas criações pode ser como convidar alguém a conhecer um outro lado da sua personalidade.
O que você gostaria de mudar no seu mundo e o que é preciso para que essa mudança ocorra? Se o respeito pelos outros é um assunto que lhe toca, esse é um bom ponto de partida. Você acha crucial que tenhamos mudanças na forma de discutir e lidar com política? Uma atenção maior aos problemas ambientais? Que as pessoas deem mais atenção à saúde e a causas humanitárias?
Confira quatro hinos que mobilizaram artistas em prol de ações importantes ou que nasceram como forma de confrontar problemas relevantes:
- “We Are The World” (1985): a faixa composta por Michael Jackson e Lionel Richie reuniu 45 artistas para combater a fome na África;
- “Just Stand Up!” (2008): juntou cantoras pop como Beyoncé, Rihanna e Mariah Carey em uma campanha de luta contra o câncer;
- “Send It On” (2009): Miley Cyrus, Demi Lovato, Selena Gomez e Jonas Brothers se uniram para cantar sobre conscientização ambiental;
- “Only The Young” (2020): a composição de Taylor Swift – que incentiva a união dos jovens eleitores – estreou em seu documentário como uma crítica política.
O som do seu 2021
Nos filmes costumamos nos deparar com o encerramento no terceiro ato, depois dos desafios superados. Nas músicas, tradicionalmente, costumamos esperar um refrão final após a ponte. Já nos livros, ocasionalmente nos deparamos com um epílogo. E como termina a história do seu ano? Que músicas ambientaram a narrativa da sua vida em 2021?
É hora de fazer a playlist oficial do seu ano: escreva cinco músicas, de cinco artistas diferentes, que tiveram grande importância. E você pode ir além, criando essa playlist na sua plataforma de streaming favorita e compartilhar com os seus colegas!