Quase todos os anos, Santa Catarina é atingida por ciclones. Somente neste ano, a Defesa Civil de Santa Catarina divulgou três alertas: o primeiro em maio, outro em junho e o terceiro neste mês de agosto. Alguns se desfazem ainda no oceano e causam pequenas tempestades; outros podem deixar rastros de destruição pelos municípios.
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Com classificações diferentes, o ciclone pode ser formado de forma distinta, causando reações diversas – Foto: iStock/Divulgação/Educa SC
Em 2020, o ciclone bomba que passou pelo Estado, no início de julho, superou o Furacão Catarina, que aconteceu em 2004. O tornado Xanxerê, de 2015, é considerado o pior desastre com ventos de Santa Catarina e afetou cerca de 6.548 pessoas por toda Santa Catarina.
O que é o ciclone?
O ciclone é um fenômeno natural formado em centros de baixa pressão e áreas associadas a formação de nuvens, a umidade e tempestades. Eles surgem quando as massas de ar superam 50 km/h e podem chegar até 200 km/h.
Quais são as causas do surgimento?
Nos centros de baixa pressão atmosférica, o ar quente e úmido chegam até as camadas mais altas da atmosfera e condensa, enquanto o ar frio e mais seco desce para a superfície, o que causa a redução da pressão atmosférica.
Esse processo libera o calor provocado pela condensação e aquece a massa de ar. Assim, o processo de convecção é formado e cria uma área de instabilidade e surge o ciclone.
Tipos de ciclones
Os ciclones podem ser classificados em tipos diferentes, dependendo da latitude e do clima em que está inserido, com sentidos e intensidades distintas. No Hemisfério Norte, o ciclone gira em sentido anti-horário, já no Hemisfério Sul, eles acontecem no sentido horário.
- Subtropical: esse ciclone ocorre com ventos com alta velocidade em locais de clima subtropical. Provoca grande volume de chuva e ventos de maior intensidade. Entretanto, não possui frente fria associada a formação e tem seu formato é como uma massa de nuvem arredondada.
- Tropical: como o nome diz, ele acontece em locais de clima tropical e possui grandes taxas de umidade e temperaturas elevadas. O ciclone é acompanhado de intensas tempestades e ventos em alta velocidade.
- Extratropical: já esse tipo de ciclone, ocorre fora da faixa tropical e é formado em regiões com médias e altas latitudes. É acompanhado por fortes tempestades e frentes frias, com chuvas moderadas e ventos fortes.
- Polar: esse ciclone se desenvolve em locais com clima polar, com baixas temperaturas. São classificados em ciclone ártico ou antártico.
- Anticiclone: essa classificação leva esse nome pois sua formação acontece em centros de alta pressão, ao contrário do ciclone comum, e é associado com condições melhores de tempo, sem tempestades.
Qual a diferença entre ciclone, furacão e tornado?
Os furacões e tornados também são classificados como ciclones, entretanto, o que os diferencia é a velocidade e o tamanho dos fenômenos.
- Furação
Surgem a partir de um ciclone e se formam nas águas quentes tropicais dos oceanos, com temperaturas acima 26º C. O ciclone tropical passa a ser considerado um furacão quando supera a velocidade de 119 km/h e são classificados em categorias de um a cinco, de acordo com sua força e extensão, chegando até 1.500 km de diâmetro. Devido a sua grande extensão, eles podem ser observados já no espaço.
O furacão pode durar vários dias no oceano e perde sua força quando chega na terra. Eles acontecem no Hemisfério Ocidental, no Oceano Atlântico, e no centro-leste do Pacífico Norte. Já no oeste do Pacífico Norte, ele leva o nome de tufão.
- Tornado
É considerado um dos fenômenos de massa de ar mais fortes, já que seus ventos têm entre 100 km/h a cerca de 500 km/h. Porém, ele atinge uma área menor que os furacões, não passando de dois quilômetros de diâmetro.
Diferente do furacão, ele é formado a partir de nuvens do tipo cumulus, apesar de sua duração ser menor, ele pode permanecer mais tempo nas áreas continentais, provocando grandes destruições.
