Encontrar uma habilidade durante as aulas é o desejo da maioria dos alunos. Mas você já imaginou como seria descobrir uma aptidão e ainda ser reconhecido nacionalmente? Foi o que aconteceu com a ex-aluna do Centro de Educação Profissional (CEDUP) Vidal Ramos, Eduarda Laís Hoffmann, de Canoinhas. A jovem foi uma das ganhadoras do concurso de arte que avaliou desenhos da bandeira nacional.
O Concurso Sua Arte no Livro Didático, realizado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), tinha como objetivo instigar a criatividade dos alunos – que foram desafiados a recriar a bandeira do país. Depois da avaliação, cinco alunos foram escolhidos como os campeões de cada região.
Representando o Sul, Eduarda Laís Hoffmann foi a autora de uma ilustração que descreveu o poder do Brasil, partindo de um dos animais mais característicos: a arara azul. “Ela é uma ave muito grandiosa e de extrema beleza, algo que de certa forma já se assemelha ao nosso país, pois nossas terras possuem lugares e paisagens incríveis”, declara a aluna.
O objetivo foi usar o animal para ilustrar o território, destacando as matas, florestas e a fauna. O verde foi utilizado na asa com um propósito: mostrar que o Brasil depende da natureza assim como a arara precisa das asas.
A prática com o desenho é antiga e o domínio do sombreamento já garantiu outros prêmios durante o Ensino Fundamental. Entretanto, esta é a primeira vez que o resultado está sendo exposto em livros que serão distribuídos para os jovens do Ensino Médio de todo o Brasil.
“Nunca imaginei que meu nome poderia estar espalhado por todo Brasil. É uma sensação incrível saber que meu trabalho faz a diferença, que realmente podemos ser reconhecidos. O processo de criação é muito difícil, mas quando o público admira e reconhece a obra é uma sensação inexplicável”, destaca a ganhadora do concurso de arte.
E a emoção não foi apenas da participante. Os profissionais e colegas também vivenciaram cada etapa. “A comunidade escolar está muito feliz. A reação foi bem positiva quando anunciamos a conquista com o trabalho que ela desenvolveu. Isso está servindo de inspiração para os professores, incentivando a participação dos estudantes”, expõe o gestor João Carlos Martins de Matos.
O concurso de arte, que aconteceu em 2020, rendeu frutos para este ano, já que a ex-aluna participou da Bienal do Livro, em São Paulo.
Maravilhada com a experiência e com a viagem, Eduarda divide um pensamento: “É mais que um desenho, ele vai compor um material de estudo e talvez possa ser usado como forma de aprendizado. É uma sensação inexplicável ver que consegui alcançar o meu objetivo é que minha arte faz a diferença”, conta uma das vencedoras.