Aluna de SC conquista bolsa de estudos em tecnologia após ganhar prêmio cultural

Katiane das Graças Oderdinge Vaz, da EEB Tenente Ary Rauen, contou a história de Mafra através dos olhos de uma poetisa da cidade e ganhou uma bolsa de estudos em tecnologia

Notícias das Escolas Publicado em: Autor: Felipe Vecchio

Ganhar prêmios sempre traz uma satisfação enorme. Agora, ganhar um representando sua escola é um sentimento maior ainda. Foi isso que aconteceu com a estudante Katiane das Graças Oderdinge Vaz, da Escola de Educação Básica (EEB) Tenente Ary Rauen, em Mafra. Ela entrou em um concurso para contar a história do município e acabou conquistando o primeiro lugar e uma bolsa de estudos para um faculdade de tecnologia da informação.

Leia mais: Aluna ganha concurso de arte e tem trabalho exposto em livros para o Ensino Médio

Professores, direção, aluna e entrevistada

Professores, direção, aluna e entrevistada juntas na foto para comemorar o prêmio – Foto: Divulgação/Educa SC

A aluna, que está na primeira série do Ensino Médio, conta que não acreditou quando viu o resultado. “Fiquei nervosa no início, não tinha acreditado. Estou no primeiro ano e já consegui garantir uma faculdade”, falou Katiane. Ela ainda completa que esse foi o primeiro concurso que participou e que está muito feliz de ganhar o prêmio cultural.

Para participar da competição, a aluna, junto da professora de língua portuguesa e cultura digital, Caroline Pereira, e do professor, Rodrigo Consul, de história e projeto de vida, criaram um documentário baseado no tema do concurso “Mafra mais histórias”. Eles foram atrás de Marli Uhlmann Portes, poetisa da cidade, que aceitou fazer parte do trabalho.

“Nós ficamos sentadas no sofá, conversando. Foi um bate-papo histórico. No final, perguntei para ela se tinha alguma mensagem para juventude e ela disse: ‘Fiquem ligados nas tecnologias. Tenham disciplina e foco'”, conta Katiane. “Essa fala foi a que mais marcou no documentário”, complementa a aluna.

Montagem do trabalho

Apesar de ganhar o prêmio cultural, a aluna não fez o trabalho todo sozinho, ela teve a ajuda de professores. Rodrigo, por ser professor de história, ficou responsável pela produção histórica das perguntas; já Caroline, professora de língua portuguesa, foi quem cuidou da edição e vídeo junto de Katiane.

O professor de história, Rodrigo, conta que o trabalho foi realizado de acordo com o que cada um tinha para oferecer. A câmera foi oferecida pela professora Caroline, por exemplo, e tudo foi se adaptando a partir daí.

Incentivo da escola no processo

Além dos professores, da aluna e de dona Marli Uhlmann Portes, que teve uma grande influência no projeto, o apoio da diretora da escola, Francine Amorim Fernandes, também fez toda diferença. Foi ela quem incentivou os professores e aluna, que viu o concurso como uma grande oportunidade para mudar o futuro de um dos estudantes da unidade, já que valia uma bolsa de estudos para tecnologia.

“Quando li o edital do concurso ‘Mafra, 105 anos de História’ percebi que vinha ao encontro dos componentes curriculares de cultura digital + história. Então, propus esse resgate cultural aos dois professores que aceitaram prontamente trabalhar com os alunos”, conta a diretora.

A partir dessa ideia de querer ganhar o concurso, Rodrigo pensou logo de cara na menina. “Acompanho a Katiane desde o sexto ano e sempre percebemos que ela tinha potencial. Então, quando a diretora falou sobre entrar no concurso logo pensamos nela. Nós escolhemos uma pessoa que conseguiu dar riqueza no material”, conta o professor.

A bolsa de estudos e o futuro da aluna

Após a escolha e todo o trabalho desenvolvido com a aluna, a professora Caroline diz sentir orgulho pela sua conquisra. Para ela, é gratificante ver os frutos do seu trabalho como professora e ver que Katiane agora já tem um futuro garantido com a bolsa de estudos.

A diretora pensa da mesma forma, que garantir a bolsa de estudos de 100% é um caminho bem dado pela estudante. “É uma aluna batalhadora, sonhadora. Sem falar que garantir o ingresso em uma faculdade, 100% de graça, para uma aluna carente é garantir o futuro, pois sabemos que para estudantes em situação de vulnerabilidade e oriundos de escolas de bairros mais carentes se torna tudo mais difícil”, diz Francine

E os concursos futuros?

A escola não pretende parar por aqui. Em relação ao documentário, Caroline explica que logo que chegou na sala de aula, após saber que Katiane havia recebido o prêmio cultural, perguntou quem gostaria de continuar o projeto e diversos alunos se propuseram a fazer isso.

Francine ainda comenta que a escola vem se destacando em concursos desde 2020, onde chegou a ganhar o Concurso Estadual Honestidade nas Escolas Públicas de Santa Catarina e em 2021 e 2022 também foi ganhadora do Concurso Nacional Nestlé por Crianças mais Saudáveis.

“Percebemos que, se trabalhar em equipe através de projetos é possível alcançar resultados mais significativos e surpreendentes que faz com que a escola num geral seja mais valorizada e reconhecida”, fala a diretora. “Se aparecerem outros projetos que percebamos que se encaixe na nossa realidade, vamos aceitando e desafiando os alunos a cada vez mais serem melhores.”

Confira mais Notícias