Utilizado por pessoas com baixa visão ou cegas, o Braille é um sistema de escrita e leitura tátil em alto-relevo. Formado por seis pontos posicionados em duas fileiras – que geram até 63 caracteres -, este código de linguagem chegou ao Brasil em 1850, sendo o primeiro país da América Latina a adotar o sistema, e é adaptado para a Língua Portuguesa desde 2002.
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O Braille é uma ferramenta de inclusão que permite que as pessoas com deficiência visual tenham mais autonomia, tanto na aprendizagem quanto em sua locomoção e atividades diárias. Em vista disso, é de extrema importância que o sistema seja utilizado em diversos locais, como placas, escadas e elevadores.
Unindo a acessibilidade e a sustentabilidade, no curso de magistério da Escola de Ensino Médio (EEM) Almirante Lamego, em Laguna, os estudantes construíram jogos ecopedagógicos, incluindo um alfabeto em Braille feito com materiais recicláveis.
O projeto foi realizado de forma interdisciplinar, envolvendo os Fundamentos Teóricos Metodológicos do ensino de português e literatura, de matemática e de estágio. Supervisionado pela professora Lisdelize Catherina Barreiros de Meira, a atividade foi produzida com a finalidade de ser apresentada na Feira de Ciências de 2022, que tem como tema central a sustentabilidade.
Durante as aulas do curso, a ecopedagogia já estava sendo trabalhada dentro da temática de Alfabetização e Educação Ambiental, então, a criação dos jogos teve como objetivo abordar de forma lúdica o reaproveitamento e reciclagem de materiais.
Buscando conscientizar a inclusão no meio da educação, a aluna Fernanda Elias foi a responsável por desenvolver o alfabeto em Braille. Segundo a estudante, o jogo foi criado para crianças com deficiência visual ou com baixa visão, e para ser apresentado em sala de aula, incentivando a empatia ao se colocar no lugar do outro e aprender a usar o tato.
“Os jogos ecopedagógicos são ferramentas que deixam o processo de ensino e aprendizagem mais motivador, mais criativo, e por terem caráter lúdico envolve o educando, que participa, age e transforma, promovendo trocas coletivas, a integração e inserção do desenvolvimento sustentável através da consciência ecológica”, explica a professora Lisdelize.