A busca por uma vida saudável, a consciência e a valorização dos alimentos é algo que as crianças e os adolescentes podem aprender já no ambiente escolar. Para isso, as escolas adotam a Educação Alimentar e Nutricional (EAN) e aplicam projetos que buscam a promoção da saúde. Uma das propostas é a aplicação da horta escolar, que traz benefícios não só para o meio ambiente e a saúde, mas também para o desenvolvimento dos alunos como cidadãos conscientes.
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Um grande apoiador do projeto é a Secretaria de Estado da Educação que, por meio da Gerência de Alimentação Escolar da Diretoria de Ensino em uma parceria com a Secretaria de Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, enviaram cerca de 45 mil pacotes de sementes de hortaliças para as Coordenadorias Regionais de todas as regiões de Santa Catarina.
Uma das unidades que recebeu as hortaliças foi a Escola de Ensino Básico (EEB) Monsenhor Vendelino Hobold, de Itajaí. Na segunda quinzena de novembro, a escola obteve sementes de abobrinha, alface, repolho, rúcula, salsa, beterraba, cenoura, rabanete e feijão-de-vagem.
Todo processo contou com a participação direta dos alunos: desde discussões sobre quais hortaliças iriam ser plantadas de acordo com a época do ano, o clima e o tempo de colheita até a etapa do laboratório, para estudar a adubagem, que soma com a massa de esterco necessária para cada hortaliça.
Devido ao fim do ano letivo, as sementes doadas pelas Secretarias ainda não foram plantadas, mas em um segundo canteiro já foram semeadas mudas de jiló que foram doadas pela comunidade escolar. E no pomar, ao lado da horta, os estudantes plantaram, no início de dezembro, mudas de maracujá, limão, romã, mamão, ameixa e pitanga.
A horta é trabalhada na escola de forma interdisciplinar, com a colaboração de professores de Química, Biologia, Filosofia e Arte. O professor de química, Paulo Henrique Santos, está à frente do projeto junto com a contribuição da professora de biologia, Ana Carolina Carneiro da Silva. “O acesso das crianças e dos adolescentes no trabalho com a terra pode contribuir para o resgate dos valores, tais como responsabilidade e disciplina.” comenta o professor.
O projeto também cria uma experiência gratificante aos alunos que estão colocando a mão na massa. “Foi uma experiência muito interessante, manter mais contato com a terra no ambiente escolar foi bem legal (…) e foi mais interessante ainda porque para plantação de algumas (sementes) nós tivemos que medir a quantidade de esterco e colocar certinho. Uma maneira diferente e legal de fazer as coisas na escola”, comenta a aluna Roberta Teixeira.
Além de participar do plantio das sementes, os colaboradores têm acesso aos alimentos que ali são plantados, incentivando uma alimentação mais saudável, indispensável durante toda a vida, principalmente para os alunos que ainda estão em fase de desenvolvimento. “A prática da cidadania, através do desenvolvimento de projetos sociais, pode contribuir para a melhora da autoestima dos jovens e consequentemente em sua formação humana”, conclui o professor.