Estudante de Taió conquista medalha de prata na 18ª Olimpíada de Matemática

A Olimpíada é a maior competição científica do país e contribui para estimular o estudo da Matemática e identificar jovens talentos da disciplina

Notícias das Escolas Publicado em: Autor: Redação Educa SC

A estudante da Escola de Educação Básica (EEB) Leopoldo Jacobsen, de Taió, Jordana Martinelli, conquistou a medalha de prata na 18ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Neste ano, a Olimpíada, que é a maior competição científica do país, reuniu mais de 18,3 milhões de alunos dos ensinos Fundamental e Médio de mais de 55 mil escolas.

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Jordana com as medalhas conquistadas na olimpíada- foto: Arquivo/Divulgação/Educa SC

A OBMEP é um projeto nacional dirigido às escolas públicas e privadas brasileiras e tem como objetivo principal estimular e promover o estudo da matemática, contribuindo para a melhoria da qualidade da educação básica e possibilitando que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material didático de qualidade.

A estudante de Taió, que este ano cursou o segundo ano do ensino médio, participa da olimpíada há seis anos e já conquistou medalha de bronze nas edições de 2019, 2021 e 2022. Jordana conta que desde que começou a se preparar para OBMEP, segue uma rotina puxada de estudos, onde costuma resolver questões das provas das edições anteriores.

“Eu começava o ano já fazendo as provas da primeira fase, desde a primeira edição (2005) até chegar a edição atual. Fazia todas as provas, todas as questões e quando eu me classificava para segunda fase, eu repetia isso com as provas da segunda fase. Todos os dias, de segunda a sexta, eu acordava por volta das 4:50 da manhã e estudava cerca uma hora já de manhã cedo, fazendo questões da OBMEP”, conta a estudante.

A competição é realizada em duas fases: na primeira, que acontece na própria escola, os estudantes disputam entre si e a prova é composta por 20 questões objetivas. Os estudantes classificados para a segunda fase realizam uma prova dissertativa, composta por seis questões.

De acordo com o professor de Matemática, Jarbas Martinelli, Jordana vem se destacando na olimpíada nível nacional desde 2019. “Como professor de matemática há 27 anos, observo que os alunos estão cada vez mais perdendo a vontade de estudar e quando a gente tem alguma aluna assim, que se dedica e estuda fora do horário regular da escola, fica muito feliz”.

Os medalhistas nacionais são convidados a participar do Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC) com aulas avançadas para seu desenvolvimento acadêmico. Os participantes de escolas públicas recebem R$300 mensais para integrarem o programa.

Jordana, que já participa do PIC por seu desempenho em anos anteriores, conta que a conquista da medalha de prata foi a recompensa por sua dedicação. “Foi uma sensação muito boa, eu me dediquei muito para conseguir essa medalha, tive que sacrificar muitas coisas ao longo do ano para estudar para a olimpíada. Finalmente consegui a prata, estou muito feliz de perceber que todo meu esforço não só desse ano, mas de todos os outros me trouxeram esse resultado.”

Com previsão para início em 2024, o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) vai usar o desempenho dos estudantes na OBMEP como parâmetro no processo seletivo de 100 vagas no Impa Tech – novo curso de graduação aplicada à tecnologia e inovação.

 

Sobre a OBMEP

Criada pelo IMPA em 2005 e realizada com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), a OBMEP é promovida com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC). Destinada a estudantes do 6º ano do Fundamental ao 3º ano do Médio, a competição contribui para estimular o estudo da Matemática e identificar jovens talentos da disciplina.

Objetivos principais:

– Estimular e promover o estudo da Matemática;

– Contribuir para a melhoria da qualidade da educação básica, possibilitando que um maior número de alunos brasileiros possa ter acesso a material didático de qualidade;

– Identificar jovens talentos e incentivar seu ingresso em universidades, nas áreas científicas e tecnológicas;

– Incentivar o aperfeiçoamento dos professores das escolas públicas, contribuindo para a sua valorização profissional;

– Contribuir para a integração das escolas brasileiras com as universidades públicas, os institutos de pesquisa e com as sociedades científicas;

– Promover a inclusão social por meio da difusão do conhecimento.

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