Fazer a seleção das palavras e escrever o próprio livro pode ser um desafio e tanto, seja pela dificuldade de transformar as ações em palavras ou pela indecisão na hora de escolher o tema. Entretanto, o desafio foi concluído com sucesso pelas turmas dos anos iniciais da Escola de Educação Básica (EEB) Saul Ulysséa, em Laguna. Além da produção, o resultado também foi exposto na noite do autógrafo.
Leia mais: Escola de Garopaba cria iniciativa que dá voz à comunidade negra
A iniciativa surgiu com o intuito de incentivar o gosto pela escrita, trazendo para o cotidiano uma palavra importante: sentimento. Isso porque cada texto foi focado naquilo que sentiam, auxiliando na expressão e na compreensão do que é natural do ser humano. “Escreveram sobre o que faz eles se sentirem felizes, tristes, do que eles têm medo, quando eles estão nervosos e o que fazem para relaxar”, conta a professora Geiziane Cardoso de Freitas, que comandou o projeto junto com Ana Luiza Souza.
A escolha do assunto surgiu a partir da observação e da necessidade de trazer para o convívio escolar um tema tão significativo como as emoções e a forma como cada pessoa é capaz de processar o que sente.
Criando o próprio livro
Entre as motivações para criar a atividade, uma iniciativa despertou a atenção da educadora. “Essa ideia surgiu através do projeto da Estante Mágica, que é uma plataforma onde as crianças produzem o próprio livro”, menciona Geiziane.
Após fazer a inscrição e seguir o passo a passo, o desafio da turma foi complementar as frases que eram criadas pelas responsáveis. Sendo assim, uma parte da escrita era feita pelas professoras, enquanto os estudantes precisavam escolher o termo ideal para complementar cada sentença, levando em consideração aquilo que sentiam.
Além do incentivo à leitura e escrita, a tarefa foi uma oportunidade para ensinar desde cedo a importância em expor os sentimentos, compreendendo que os outros podem ter percepções diferentes, mas que é válido falar sobre as reações e as formas de lidar com cada emoção.
Os familiares também participaram do processo. Enquanto as professoras acompanhavam a criação textual, era em casa que os alunos pensavam na ilustração e no que queriam expor em cada página, processo que foi dividido com os pais.
Noite do autógrafo
Com os livros em mãos, o passo seguinte envolveu a galera, que aproveitou o momento para conferir o resultado e compartilhar o que foi feito pelos colegas. Com um cenário montado para o encontro, cada estudante teve a oportunidade de autografar a própria produção.
“Com brilho nos olhos”, como mencionou a professora, o encerramento foi uma oportunidade para intensificar os laços com os anos iniciais. “Foi um momento de muita troca, muita aprendizagem. Acabamos conhecendo um pouquinho de cada um deles, o que eles gostam de fazer e o que eles não gostam”, finaliza Geiziane.