A Proclamação da República, comemorada no dia 15 de novembro, é uma data especial no Brasil, já que remete à história do país e de uma das suas maiores mudanças: a saída de Dom Pedro II do poder e a instauração do Federalismo, que ocorreu por conta da insatisfação de militares no ano de 1889.
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Mas, para entender mais sobre como tudo aconteceu, os responsáveis por todas essas mudanças e outras curiosidades sobre a data, o Educa SC preparou uma lista com quatro fatos interessantes sobre o feriado da Proclamação da República. Confira!
1. O atentado antes da Proclamação da República
Para fazer a transição de Monarquia para República, houveram reuniões com portas fechadas entre militares, políticos e acadêmicos. Juntos, estes debateram maneiras de como obter cargos públicos, como seriam criados os partidos políticos e algumas ideias republicanas.
Foi então que em 15 de julho de 1889, um republicano português chamado Adriano Augusto do Valle, disparou contra Dom Pedro II, quando o atual imperador do Brasil estava saindo de um concerto no Rio de Janeiro.
No momento do disparo, Augusto gritava frases que refletiam seu posicionamento político. Mas, apesar de efetuar o disparo, ele não conseguiu acertar D. Pedro II. No dia seguinte, foi encontrado e preso por tentativa de assassinato.
2. Militares queriam voz na política
Os militares brasileiros, na época, tinham acabado de vir da Guerra do Paraguai (1864-1870). Por consequência dessa participação em algo tão grande pelo Brasil, eles desenvolveram uma identidade: a de defensores da pátria e passaram a crer que mereciam um espaço dentro da política do Império.
Mas, como os líderes do poder eram civis, começaram a surgir problemas com esse querer participar da polícia dos militares. Eles foram então, para não conseguir alcançar esse objetivo, proibidos de serem votados em 1881 e acabou ocorrendo também a proibição dos membros das forças armadas de manifestarem opiniões em jornais.
3. Proclamação da República foi feita por Monarquista
O responsável pela Proclamação da República, Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, tinha fama e era conhecido por ser amigo pessoal de Dom Pedro II. Entretanto, em seu currículo havia algo divergente para quem ficou responsável pela Proclamação da República: Marechal era monarquista.
Apesar de ser uma das figuras mais importantes do ato, ele não chegou a participar das reuniões ou nada que fosse diretamente ligado ao planejamento do golpe que levou à destituição do Imperador.
Macheral Deodoro, apesar de monarquista, foi o responsável pela proclamação pois começaram a acontecer vários fatos que o levaram a essa escolha, como por exemplo, a descoberta de que Gaspar Silveira Martins sucederia Ouro Preto, e tomaria o cargo de Primeiro-Ministro do Império.
Ele então, que já não era amigo de Gaspar, viu como uma traição o caso e aceitou imediatamente assinar o decreto que instituiu o governo provisório republicano.
4. Princesa Isabel era julgada inadequada para assumir a liderança
Um dos grandes nomes dessa época foi a Princesa Isabel. Apesar de ser responsável pela assinatura da Lei Áurea (1888), que deu liberdade aos escravos, ela não tinha do povo o amor que uma princesa esperava ter.
Para a elite brasileira, Isabel era considera incapaz de assumir a liderança do governo brasileiro, muito pelo fato de ser mulher, mas também pelas suas escolhas e pelos seus feitos. A assinatura da Lei Áurea fez com que sua impopularidade só aumentasse ainda mais no meio dos donos de escravos.
Por conta disso, ela era considerada alguém sem “pulso firme”, que tinha piedade demais dos outros e não conseguiria comandar o Brasil da maneira correta. Essas questões acabaram tendo muita influência nas mudanças que viriam a acontecer no país nos anos seguintes.