O Enem tá aí: confira questões de Literatura para estudar para o exame

Chegou a hora de ver como as questões são cobradas e quais assuntos estão mais presentes

Formação Publicado em: Autor: Redação Educa SC

Iniciamos a contagem regressiva para os dias do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). E agora mais do que nunca, os estudos devem estar a todo vapor, principalmente no que diz respeito a resolver questões de provas anteriores, assim você entende como o assunto é cobrado na prova. E como a Literatura é considerada uma das disciplinas mais importantes do Enem, separamos algumas questões para serem resolvidas.

Leia mais: Escola de Itajaí incentiva os alunos a desenvolverem o hábito da leitura

Prova do Enem acontece nos dias 5 e 12 de novembro- Foto: iStock/Divulgação/Educa SC

O fato da Literatura envolver vários assuntos, ela pode incentivar discussões sobre o passado, o presente e o futuro. Normalmente, os temas mais cobrados na literatura no Enem abrangem figuras e funções de linguagem, interpretação de texto e obras clássicas das escolas literárias, explorando principalmente questões sobre o modernismo e romantismo.

Vem com a gente que separamos ótimas questões de Literatura para você estudar!

 

De que forma a Literatura é cobrada no Enem?

De maneira geral, a disciplina de Literatura é cobrada em oito a dez questões no exame, podendo sofrer variação. Pela prova do Enem ser interdisciplinar, as questões da matéria podem aparecer em outras, relacionadas à História, Geografia, Artes, Gramática e por aí vai.

Uma dica é não deixar de estudar sobre o ícone do modernismo, Carlos Drummond de Andrade, uma vez que ele é sempre cobrado na prova.

 

Questões de Literatura para você resolver

 

Literatura Contemporânea

  • (Enem 2019) Ed Mort só vai

Mort. Ed Mort. Detetive particular. Está na plaqueta. Tenho um escritório numa galeria de Copacabana entre um fliperama e uma loja de carimbos. Dá só para o essencial, um telefone mudo e um cinzeiro. Mas insisto numa mesa e numa cadeira. Apesar do protesto das baratas. Elas não vencerão. Comprei um jogo de máscaras. No meu trabalho o disfarce é essencial. Para escapar dos credores. Outro dia entrei na sala e vi a cara do King Kong andando pelo chão. As baratas estavam roubando as máscaras. Espisoteei meia dúzia. As outras atacaram a mesa. Consegui salvar a minha Bic e o jornal. O jornal era novo, tinha só uma semana. Mas elas levaram a agenda. Saí ganhando. A agenda estava em branco. Meu último caso fora com a funcionária do Erótica, a primeira ótica da cidade com balconista topless. Acabara mal. Mort. Ed Mort. Está na plaqueta.

Nessa crônica, o efeito de humor é basicamente construído por uma

  1. a) segmentação de enunciados baseada na descrição dos hábitos do personagem.
  2. b) ordenação dos constituintes oracionais na qual se destaca o núcleo verbal.
  3. c) estrutura composicional caracterizada pelo arranjo singular dos períodos.
  4. d) sequenciação narrativa na qual se articulam eventos absurdos.
  5. e) seleção lexical na qual predominam informações redundantes.

 

Modernismo

  • (Enem 2019) HELOÍSA: Faz versos?

PINOTE: Sendo preciso… Quadrinhas… Acrósticos… Sonetos… Reclames.

HELOÍSA: Futuristas?

PINOTE: Não senhora! Eu já fui futurista. Cheguei a acreditar na independência… Mas foi uma tragédia! Começaram a me tratar de maluco. A me olhar de esguelha. A não me receber mais. As crianças choravam em casa. Tenho três filhos. No jornal também não pagavam, devido à crise. Precisei viver de bicos. Ah! Reneguei tudo. Arranjei aquele instrumento (Mostra a faca) e fiquei passadista.

O fragmento da peça teatral de Oswald de Andrade ironiza a reação da sociedade brasileira dos anos 1930 diante de determinada vanguarda europeia. Nessa visão, atribui-se ao público leitor uma postura

  1. a) preconceituosa, ao evitar formas poéticas simplificadas.
  2. b) conservadora, ao optar por modelos consagrados.
  3. c) preciosista, ao preferir modelos literários eruditos.
  4. d) nacionalista, ao negar modelos estrangeiros.
  5. e) eclética, ao aceitar diversos estilos poéticos.

 

Literatura com música brasileira

  • (Enem 2020) Sou o coração do folclore nordestino

Eu sou Mateus e Bastião do Boi-bumbá

Sou o boneco de Mestre Vitalino

Dançando uma ciranda em Itamaracá

Eu sou um verso de Carlos Pena Filho

Num frevo de Capiba

Ao som da Orquestra Armorial

Sou Capibaribe

Num livro de João Cabral

Sou mamulengo de São Bento do Una

Vindo no baque solto de maracatu

Eu sou um auto de Ariano Suassuna

No meio da Feira de Caruaru

Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta

Levando a flor da lira

Pra Nova Jerusalém

Sou Luiz Gonzaga

E sou do mangue também

Eu sou mameluco, sou de Casa Forte

Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte

O fragmento faz parte da canção brasileira contemporânea e celebra a cultura popular nordestina. Nele, o artista exalta as diferentes manifestações culturais pela

  1. a) valorização do teatro, música, artesanato, literatura, dança, personagens históricos e artistas populares, compondo um tecido diversificado e enriquecedor da cultura popular como patrimônio regional e nacional.
  2. b) identificação dos lugares pernambucanos, manifestações culturais, como o bumba meu boi, as cirandas, os bonecos mamulengos e heróis locais, fazendo com que essa canção se apresente como uma referência à cultura popular nordestina.
  3. c) exaltação das raízes populares, como a poesia, a literatura de cordel e o frevo, misturadas ao erudito, como a Orquestra Armorial, compondo um rico tecido cultural, que transforma o popular em erudito.
  4. d) caracterização das festas populares como identidade cultural localizada e como representantes de uma cultura que reflete valores históricos e sociais próprios da população local.
  5. e) apresentação do Pastoril do Faceta, do maracatu, do bumba meu boi e dos autos como representação da musicalidade e do teatro popular religioso, bastante comum ao folclore brasileiro.

 

Escolas literárias

  • (Enem PPL 2022) Duas castas de considerações fez de si para consigo o cauto Conselheiro. Primeiramente foi saltar-lhe ao nariz a evidência de que ministro não visita empregado público, ainda que in extremis, mesmo a uma braça, ou duas, acima do chapéu do amanuense mais bisonho. Também não visita escritor enfermo por ser escritor, e por estar enfermo. Seriam trabalhos, ambos, a que não se daria um ministro, nem sempre ocupado das cousas, altas ou baixas, do Estado.

O tempo ministerial não se vai perdulariamente, não se faz em farinhas. Os titulares esquivam-se até a suspirar, que os suspiros implicam o desperdício de minutos se o suspiro é de minutos, além de permitirem ilações perigosas sobre a estabilidade do ministro, quando não do próprio gabinete.

A segunda ponderação remeteu-o à certeza de que terminantemente chegavam ao cabo seus dias; e de que as esperanças eram aéreas, atado agora à cama até que o encerrassem na urna, como um voto eleitoral frio.

O texto relata o momento em que, no leito de morte, Machado de Assis recebe a visita do Barão do Rio Branco, ministro de Estado. Criando a cena, o narrador obtém expressividade ao

  1. a) representar com fidelidade os fatos históricos.
  2. b) caracterizar a situação com profundidade dramática.
  3. c) explorar a sensibilidade dos personagens envolvidos.
  4. d) assumir a perspectiva irônica e o estilo narrativo do personagem.
  5. e) recorrer a metáforas sutis e comparações de sentido filosófico.

 

Introdução à Literatura

  • (Enem 2021) O pavão vermelho

Ora, a alegria, este pavão vermelho,

está morando em meu quintal agora.

Vem pousar como um sol em meu joelho

quando é estridente em meu quintal a aurora.

Clarim de lacre, este pavão vermelho

sobrepuja os pavões que estão lá fora.

É uma festa de púrpura. E o assemelho

a uma chama do lábaro da aurora.

É o próprio doge a se mirar no espelho.

E a cor vermelha chega a ser sonora

neste pavão pomposo e de chavelho.

Pavões lilases possuí outrora.

Depois que amei este pavão vermelho,

os meus outros pavões foram-se embora.

Na construção do soneto, as cores representam um recurso poético que configura uma imagem com a qual o eu lírico

  1. a) revela a intenção de isolar-se em seu espaço.
  2. b) simboliza a beleza e o esplendor da natureza.
  3. c) experimenta a fusão de percepções sensoriais.
  4. d) metaforiza a conquista de sua plena realização.
  5. e) expressa uma visão de mundo mística e espiritualizada.

 

GABARITO

  • D
  • B
  • B
  • D
  • D

 

Confira mais Notícias