No combate a Dengue, a escola pode ser um local de prevenção ao mosquito transmissor

Em Bombinhas, a EEB Professor Leopoldo José Guerreiro promove ações de combate ao mosquito da dengue no Dia Nacional do Combate ao mosquito

Notícias das Escolas Publicado em: Autor: Júlia Duvoisin

Bombinhas, assim como todos os municípios do país, celebrou no último sábado (20) o Dia Nacional do Combate. Na cidade, a mobilização da comunidade na promoção de campanhas educativas e de comunicação social destinadas ao combate do transmissor foi intensa.

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Ações contra o mosquito da dengue em Bombinhas – Foto: EEB Professor Leopoldo José Guerreiro/ Divulgação/ Educa SC

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Um dos principais fatores favoráveis à proliferação do mosquito são ambientes quentes e úmidos. Por conta disso, o período de maior transmissão da doença é o verão – fazendo com que medidas de controle vetorial sejam profundamente necessárias nesta época do ano.

A transmissão da dengue se dá pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes Aegypti, que também é transmissor de doenças como Zika e Chikungunya. Ambientes com água parada acumulada, como vasos de plantas, calhas, garrafas e lixo, são criadouros perfeitos para a reprodução do inseto.

Combate a dengue na prática

Pensando nisso, alunos, professores, funcionários e famílias da Escola de Educação Básica (EEB) Prefeito Leopoldo José Guerreiro, em Bombinhas, entenderam que os cuidados em relação à doença devem ser de todos e as ações coletivas de conscientização e prevenção para garantir uma segurança eficaz começaram a acontecer.

Desde 2013, a unidade implementou o Programa Permanente Cuidando e Transformando nossa Escola (PPCTNE), que tem como um de seus princípios a educação ambiental como matéria multidisciplinar. O projeto é coordenado pela professora Joana D’arc.

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“Projeto de extrema importância para o crescimento socioambiental não só da escola. Tudo o que nossos alunos aprendem aqui, passarão adiante em suas casas e, posteriormente, para a cidade de Bombinhas. Ver a satisfação dos estudantes quando saímos dos muros da escola para a limpeza das praias ou qualquer outro trabalho do projeto não tem preço. Eles se realizam e nós, educadores, também!”, relata a professora de inglês Luciane Melloto.

Coletividade faz a diferença

Em conjunto com o Núcleo Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (Com-vida), o grupo enxergou a importância de resgatar os cuidados no combate à dengue, prática que ficou em segundo plano durante o ano de 2020 por conta da pandemia de Covid-19.

Como uma força tarefa, professores e alunos intensificaram ações de combate aos focos do mosquito e identificaram localizações de possíveis criadouros do inseto. Com a pesquisa feita, um plano de ação foi criado: a limpeza da praia da Baía de Zimbros e do Rio Passa Vinte.

Para o professor de sociologia Djalmo Manfredi, o projeto de combate a dengue teve uma importância ímpar na construção do ser social da comunidade escolar. “Este projeto extrapola os muros da escola, invadindo a comunidade bombinense, em especial da Costeira do Zimbros. Levar os alunos a compreensão da importância da água e ao combate ao Aedes Aegypti tem como consequência estudantes capazes de solucionar problemas de forma criativa, visando sempre a coletividade”, acrescenta Djalmo.

Resultados promissores

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Alunos participaram de ações contra o mosquito da dengue – Foto: EEB Professor Leopoldo José Guerreiro/ Divulgação/Educa SC

Silmara Lucas, Rayanne Cortes e Isadora da Costa Estevão são todas exemplos de alunas que tiveram uma mudança de percepção muito grande em relação ao seu entorno. Começaram a perceber os danos que o lixo pode causar na praia perto de suas residências, principalmente na propagação de doenças como a dengue.

“Foi uma experiência surreal. Aprendi que preservar o meio ambiente é um ato importante, não só para a humanidade, mas para todo ser vivo, pois necessitamos dos recursos que a natureza nos oferece. Todos podemos fazer a diferença. Tornou-se algo muito importante para mim”, conta Silmara.

Além da mudança de comportamento em relação ao meio ambiente e aos cuidados com a prevenção da dengue, a percepção pessoal dos alunos também mudou.

“Desde que iniciamos o PPCTNE, nossos estudantes têm sentimentos de pertencimento. Eles são protagonistas e vivenciam diariamente os cuidados consigo e com o meio em que vivem”, complementa Ana Beatriz Passos, gestora da unidade.

Faça a sua parte

Algumas atitudes simples ajudam no combate ao mosquito da dengue:

  • Tampar as caixas d’água;
  • Não deixar água acumulada na laje;
  • Manter os lixos fechados;
  • Utilizar areia nos vasos de plantas;
  • Deixar garrafas e outros recipientes de cabeça para baixo;
  • Deixar as lonas esticadas;
  • Retirar a água dos pneus.

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