Investir em tecnologias e inovação nas escolas é o caminho para o futuro. Na última semana, os alunos do Ensino Médio da Escola de Educação Básica (EEB) Bom Pastor, de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, deram mais um passo nessa jornada.
A equipe “Robotic League”, fundada pelo professor de matemática Carlos Rutz, venceu duas categorias da Copa Mundial de Robótica 2021 (FIRA – RoboWorldCup), que ocorreu no início do mês de dezembro em São Luís, capital do Maranhão.
As duas categorias Cabo de Guerra e Cliff Hanger foram disputadas pelos estudantes contra adversários do mundo inteiro e sabe o que é o melhor disso tudo? Com a orientação do professor Carlos Rutz, o time catarinense foi vitorioso e garantiu a vaga para representar o Brasil na próxima Copa Mundial que ocorrerá em Dubai, em agosto de 2022.
O professor Carlos Rutz, que já foi destaque na série “Eu, professor, faço a diferença”, do Educa SC por sua dedicação à profissão, conta que se atirou no chão quando os resultados foram divulgados no telão do evento.
“Ver a nossa equipe chegar num nível mundial, uma escola pública do interior, é uma emoção muito grande. Eu vi os estudantes apreensivos e a gente conseguiu vencer as duas categorias, foi muito gratificante para mim.”
Robotic League
A equipe de robótica da EEB Bom Pastor foi fundada pelo professor Carlos Rutz em 2014 e se renova todos os anos. Os estudantes participam durante um ano como aprendizes e se tornam monitores no ano seguinte, passando o conhecimento adiante para os novos integrantes do time.
“Por mais que aconteça a renovação todos os anos, de algum jeito, a experiência que eles passaram, de um ano para o outro, eles conseguem transmitir para os novatos”, afirma o professor Carlos Rutz.
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Os estudantes Gabriel Bolzan, 15, e Beatriz Gandolfi Mota, 16, da primeira série do Ensino Médio, entraram na equipe Robotic League em setembro de 2021, há apenas quatro meses e já possuem duas vitórias na Copa Mundial de Robótica no histórico.
“Meu primeiro campeonato ser um mundial e ainda por cima ganhar foi muito emocionante”, conta Gabriel. O adolescente competiu na categoria Cliff Hanger, uma modalidade de estratégia, em que o robô precisa identificar seu adversário e empurrá-lo para o precipício.
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Já a aluna Beatriz competiu no Cabo de Guerra, uma modalidade onde os robôs testam suas forças e o primeiro que puxar o adversário para um poço vence.
“Participar do campeonato por si só já é muito divertido, mas ganhar nas duas categorias foi uma felicidade imensa. Quando nós perdemos no primeiro round da final, a gente achou que não ia dar para ganhar, mas no fim ganhamos o segundo e o terceiro round e foi uma surpresa incrível”, relata a adolescente.