Já pensou poder criar objetos que você só encontraria se comprasse em algum lugar? Como seria se a criação fosse diretamente na sua escola? É isso que a Escola de Educação Básica (EEB) Frederico Hardt, em Indaial, faz. Com a ajuda de uma impressora 3D, a instituição usa da tecnologia para desenvolver itens com a intenção de usar em várias ocasiões.
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Uma das responsáveis por essa atividade foi a professora Rafaela Timm, orientadora do laboratório de matemática e suas tecnologias, junto da professora Silvana Porto Becker. Uma das produções foi o quebra-cabeça hexagonal, desenvolvido pelos alunos da primeira série do Ensino Médio.
Apesar de mais professores estarem envolvidos no processo de criação, Rafaela é quem desenvolve atividades com o software da impressora com um grupo de alunos envolvidos nos projetos propostos.
A educadora conta que, além desse objeto, outros itens já foram criados com a tecnologia. “A impressora é usada para projetos e atividades desenvolvidas na escola, como troféus e medalhas de campeonatos internos e gincanas. Além de eventos temáticos como Outubro Rosa, Dia dos Professores, Dia do Estudante e Halloween”, explica a docente.
A tecnologia para os cães
A escola não utiliza a tecnologia apenas para decorações ou medalhas, ela também é utilizada para um propósito maior: criar próteses para cães que tem a mobilidade reduzida. Uma forma de ajudar a comunidade, nem que seja pelos seus bichos de estimação.
O diretor Geral, Anacleto Junior, explica que os cães vem diretamente de uma ONG. “Os cães são de uma ONG local que recolhe animais e faz o reencaminhamento às famílias que os acolhem. Os animais vem com o tutor para scaneamento da pata e posteriormente a construção em 3D da prótese”, fala o diretor.
E, para que seja algo feito com todo cuidado e respeito que os animais precisam, a escola conta com o apoio de um parceiro veterinário. Além do auxílio com os pets, ele também faz palestras para todas as turmas da primeira e segunda série do Ensino Médio sobre o número de abandonos de animais na região.
Uma forma boa de usar a tecnologia como conhecimento para fora da própria escola, além de ensinar os estudantes sobre o que é correto e qual é a maneira certa de lidar com os cães, incluindo as novas possibilidades com as próteses.
Como funciona o projeto?
Conhecido como SOS PATAS, o projeto é dividido por equipes e conta com um grupo de alunos da primeira e segunda série do Ensino Médio, em horários de contraturno e durante as aulas cedidas por professores. Na hora da atividade, dois grupos de alunos ficam responsáveis pela produção de carrinhos de rodas para cães e gatos.
Rafaela conta que já estão realizando o primeiro atendimento. “Nosso primeiro atendimento é de uma cachorrinha que possui as 4 patas quebradas e não tem previsão de melhora com cirurgia. Ela foi encontrada já com o problema nas patas, abandonada em uma oficina”, fala a professora.
Agora, o objetivo é criar uma forma de locomoção para ela. “Estamos projetando um carrinho de rodas especialmente para ela, sob medida e com suporte de um professor do ensino técnico e sob orientação do ortopedista veterinário, Edgar. O carrinho terá quatro rodinhas, sendo as dianteiras giratórias e as traseiras inclinadas e especial para impactos”, explica a docente.
Uma ideia que não só envolve o desenvolvimento dos alunos como estudante, mas também como pessoas. Além disso, eles aprimoram cada vez mais o conhecimento em torno da tecnologia.