Unir diversas disciplinas em uma mesma aula pode trazer inúmeros benefícios para os alunos. Prova disso é a experiência vivenciada pela segunda série do Ensino Médio da Escola de Educação Básica (EEB) Ana Gondin, em Laguna. Com o objetivo de compreender a história da fotografia e os elementos que compõe as fotos, os jovens foram desafiados a reproduzir imagens por meio da antotipia.
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A ideia surgiu por meio do projeto “trilhas de aprofundamento integrado sobre: foto (cidade) grafia em movimento”. Utilizando as técnicas de fotografia antiga, o desafio foi dar vida às imagens. “A Autotipia é um processo alternativo, que utiliza pigmentos naturais de flores, folhas ou vegetais (como couve, beterraba, cenoura, agrião, entre outros) para ‘fotografar’ objetos, flores ou folhas”, declara a professora de química Joceane da Silva.
O resultado só é alcançado porque a luz solar causa a descoloração dos pigmentos orgânicos, incluindo a clorofila. É assim que a tinta começa a apresentar as primeiras mudanças quando está em contato com a claridade. Durante o processo, existe um ingrediente imprescindível para atingir o resultado: a fotossíntese das plantas.
“A antotipia permitiu uma ampla série de experimentações e aprendizados que unem diversas áreas de conhecimento, como a biologia, química, física, história e artes visuais”, menciona Joceane.
Focada na conceituação teórica dos pigmentos, diferenças e conceitos da química, estudo sobre luz e cor, técnica para preparação de emulsão e atividade prática, a antotipia aproximou os estudantes do passado, expondo a criação de relatos sobre a cidade e a relação com o ambiente.
Como surgiu a antotipia?
Se você não conhecia o termo, o estudo sobre os pigmentos e a formação das fotos começou a ser praticado no século 19, momento em que diversos especialistas começaram a estudar a fotografia e as composições de cada imagem.
Os pigmentos que são utilizados na técnica apresentam aspectos monocromáticos, fator que facilita a fusão com outras substâncias, criando as novas cores.