Para quem prática esportes de forma competitiva, sabe que quando se entra em uma competição tem apenas um objetivo: conquistar uma medalha. E foi isso que a educanda Fabiola Conte Pigosso, da Escola de Educação Básica (EEB) Dom Felício Cesar da Cunha Vasconcelos, em Irani, fez ao participar dos Jogos Escolares Brasileiros (JEBS).
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Aluna da EEB Dom Felício Cesar da Cunha Vasconcelos conquista medalha de terceiro lugar nos dois mil metros rasos no JEBS – Foto: Divulgação/Educa SC
A estudante do nono ano conquistou a medalha de terceiro lugar nos dois mil metros rasos, para atletas de 12 a 14 anos na etapa nacional RIO 2022. O momento foi marcante. “Foi sensacional saber que os resultados de todo meu esforço estão tomando forma. Treinei praticamente o ano todo visando essa competição”, explicou ela.
“Fiz meus treinos juntamente com meus professores e treinadores. Treinamos muito e acertamos o máximo de detalhes para chegar o melhor possível nessa competição, que foi a prova alvo do ano e tenho certeza que após esses maravilhosos resultados tudo valeu a pena”, concluiu a aluna.
E para o diretor da escola, Gery Odair Ricci, a sensação não foi diferente. Ele conta que para ele e para a comunidade escolar foi muito gratificante, já que estão há algum tempo acompanhando a evolução da Fabíola nas provas de atletismo. Presencial o progresso é algo que traz orgulho para todos.
A felicidade foi tanta que a escola fez uma homenagem para a atleta na página do Facebook, além de homenagem em sessão cívica.
Outras medalhas e competições
Para Fabiola, estar em uma competição nacional não foi novidade, ela conta que já havia participado de outras. “Por várias vezes já participei em competições nacionais como essa, juntamente com a equipe que represento AACN (Campos Novos). Já tinha muita ‘bagagem’ e experiência em competições de alto nível”, explicou a estudante.
Mas, a grande diferença dessa para outras, é que foi a primeira vez que a atleta conquistou uma medalha competindo com atletas de alto nível. “Já perdi a conta de quantas medalhas já conquistei, tanto em provas de rua como em provas de pista, além de vários outros troféus que possuo também. Curiosamente esta foi minha primeira medalha a nível nacional, por várias vezes ‘batemos na trave’ e desta vez conseguimos um lugar no pódio”, falou a aluna.
E a conquista é o resultado de longos anos de preparo. Fabiola explica que prática o esporte desde seus cinco anos de idade, mas que só começou a treinar com profissionais da área há cerca de três, quatro anos — nessa competição se sentia preparada para ir e fazer o melhor.
Amor pelo esporte
Fabiola revela que começou a correr cedo e por um motivo bem específico: seus pais levavam ela em corridas de rua, já que os dois praticam o esporte. Ela cresceu vendo seu pai vencendo e competindo em provas e foi aprendendo a correr.
Aos cinco anos ela começou a competir nas primeiras categorias. “Comecei competindo na categoria KIDS nas provas de rua. Praticamente aos 12 anos decidi começar a competir em provas oficiais e de pista, foi aí que a carreira como atleta realmente começou e o amor por esse esporte cresceu cada vez mais”, falou ela.
Porém, como qualquer outro esporte, a conquista das medalhas e o próprio treinamento não foram fáceis. A atleta conta que treinava em seu município, mas que por muitas vezes, por não ter estrutura, acabou tendo que se deslocar para outras cidades.
“Sem o apoio no meu município, decidi me federar pelo município de Campos Novos, grande responsável pelos meus resultados hoje, foi quem nos acolheu de portas abertas e nos ajudou a crescer cada vez mais. Gosto de todos os esportes, mas o que realmente ganhou meu coração foi o atletismo”, disse Fabiola.
Competições futuras e o esporte como carreira
Em 2022, a atleta já encerrou a temporada de competições, apesar de ter uma ou outra corrida de rua, mas fala que em 2023 pretende vir com “força total” nos estaduais sub-16 e sub-18. “Queremos um lugar no pódio, talvez o mais alto. Outra meta é conquistar mais uma medalha em brasileiro, seja ela a do 15 a 17 ou na categoria sub-16, o que é mais provável”, explicou a aluna.
E mesmo sendo nova, a atleta já pensa em seguir carreira na modalidade. Seu objetivo é primeiramente terminar seus ensinos em Irani e depois buscar um lugar que dê as melhores oportunidades para que ela consiga fazer do atletismo o seu futuro.
