Alunos de Santa Catarina participam do Programa Cidadão Digital

O Programa Cidadão Digital é focado em debater o uso das redes sociais e os direitos humanos

Notícias das Escolas Publicado em: Autor: Ana Caroline Arjonas

Com o avanço da tecnologia e as novas formas de comunicação, navegar pela internet exige cuidados e atenção redobrada. Para ensinar sobre o mundo digital, os perigos que podem existir no ambiente e ampliar o acesso às redes sociais, o Programa Cidadão Digital é um das iniciativas que fez parte do cotidiano dos alunos da rede estadual de Santa Catarina.

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alunos participam do Programa Cidadão Digital

Alunos participam das aulas do Programa Cidadão Digital – Foto: Divulgação/ arquivo pessoal

A ação é realizada pela SaferNetBrasil, organização não governamental que atua na promoção dos direitos humanos. Em 2022, mais de 1.500 estudantes foram impactados, participando de reuniões e atividades focadas no ensino sobre a internet e uso ideal da tecnologia.

O Programa Cidadão Digital foi ofertado a partir de uma demanda detectada pelos profissionais da rede. “Identificamos junto aos professores essa necessidade, logo no início do ano, a necessidade dos alunos terem mais conhecimento sobre o uso responsável das redes sociais. Estava sendo dada uma credibilidade muito grande para conteúdos sem a verificação da procedência dos conteúdos”, conta a assistente técnico-pedagógica da coordenadoria do Núcleo de Educação e Prevenção às Violências na Escola (NEPRE), Sandra Dartora.

Mais do que o questionamento sobre o que é correto ou não, o que foi aprendido ao longo do ano será aplicado no futuro, comprovando que a internet pode e dever ser utilizada para aproximar os estudantes da educação e das boas práticas.

“Eles puderam avaliar como faziam o uso das redes sociais, o uso da internet como um todo, repensar, refletir e protagonizar um uso consciente”, comenta a profissional do NEPRE.

Programa Cidadão Digital no Ensino Médio

Para aqueles que estavam nos anos finais, os encontros tiveram como tema os discursos de ódio e fatores relacionados à saúde mental, como os comentários e falas que podem ser feitas em jogos online e a importância de repensar o tempo de uso dos aplicativos.

O respeito, empatia e relações seguras na internet também foram temas debatidos com as dezenas de estudantes. A privacidade e a criptografia também foram avaliadas pelas turmas, identificando e elencando os perigos que podem surgir no meio digital.

Pensando na construção da sociedade e na relação do Programa Cidadão Digital com os direitos humanos, a iniciativa significa uma nova oportunidade.

“Ter o direito de conhecer, entender que a internet não é uma terra sem lei, que a forma como nos portamos nas redes sociais e a forma como nos portamos no presencial, no online e offline, são formas regidas por legislações e que temos que ter o mesmo cuidado”, explica Sandra Dartona.

Compreender que todos temos direitos e deveres, estando ou não no ambiente digital, é um incentivo para compartilhar com os demais aquilo que deve ser feito para promover ambientes saudáveis e relações pensadas com empatia.

Entender as leis e regras é o primeiro passo para promover uma sociedade pautada nos direitos humanos, respeitando os limites das redes sociais e usando a ferramenta para ampliar os horizontes.

Conectividade no Brasil

De acordo com dados da TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, 93% das crianças e jovens brasileiros acessaram a internet em 2021. Levando em consideração as idades — dos três aos 17 anos —, a porcentagem representa um fatia da população, demonstrando a importância de fazer da escola o local para ensinar e aprender sobre a internet.

 

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