Foi no dia 7 de setembro de 1822 que Dom Pedro I gritou as palavras que marcariam para sempre a história do Brasil: “Independência ou Morte”. A partir daquele dia, o Brasil tornou-se um país independente de Portugal, encerrando séculos de domínio colonial.
Homem segurando a bandeira do Brasil- Foto: iStock/Divulgação/Educa SC
Leia mais: Mostra de Conhecimentos reúne atividades da agricultura familiar em Saudades
A Independência do Brasil sempre foi muito comemorada nas escolas. Desfiles, atos cívicos, escolas decoradas com as cores do Brasil são algumas das maneiras mais tradicionais utilizadas pelos educadores para ensinar aos alunos sobre a importância histórica desta data.
Mas muito além de relembrar os fatos históricos que cercam a data, é importante debater pautas políticas entre os estudantes. Afinal, a Independência do Brasil definiu a trajetória política e social do Brasil, estabelecendo os alicerces para a construção de uma nação soberana.
E pensando em contribuir com o processo de ensino e aprendizado dos estudantes, preparamos um conteúdo bem interessante, com dicas simples, que podem ser utilizadas nas aulas de História para falar sobre os 201 anos da independência do Brasil. Confira!
* O início de tudo
O Dia da Independência é uma ótima oportunidade para desconstruir a ideia de que o Brasil foi descoberto. Para alguns especialistas, isso contribui para que os estudantes possam olhar com mais reflexão e criticidade à data.
Que tal falar sobre as grandes navegações da época? E a procura dos europeus por novos lugares para explorar produtos e territórios? Outra questão que pode ser abordada é a vida dos povos indígenas aqui no Brasil antes da chegada dos portugueses, assim como a história do povo africano antes da escravidão.
* Podcast em sala de aula
Uma maneira bem interessante de promover reflexões sobre a Independência do Brasil é utilizar produções audiovisuais. De forma dinâmica e descontraída, os alunos podem fazer uma roda de conversa para discutir o tema e desenvolverem alguns olhares diferenciados sobre a história do Brasil.
O podcast Projeto Querino, produzido pelo jornalista Tiago Rogero, por exemplo, promove debate com uma visão mais descolonizada da nossa história, trazendo perspectivas sobre os povos africanos e indígenas, distanciando da visão eurocêntrica que, durante anos, predominou nos livros didáticos.
* Analisar a imagem
Independência ou Morte, do artista brasileiro Pedro Américo (1843-1905), uma das pinturas mais emblemáticas da história. Como falar de 7 de setembro sem citar tal obra? Impossível, não é mesmo? Então, nossa dica é utilizá-la com a intenção de promover reflexões. Peça aos estudantes que observem o quadro e depois faça algumas perguntas, como:
– Você acha que a cena representa o que realmente aconteceu?
– O quadro retrata quais personagens da nossa história?
– Que reflexões a pintura transmite?
– Se você estivesse presente nesse momento, mudaria alguma coisa no quadro?
*Pesquisa por documentos históricos
Vários documentos digitalizados estão disponíveis no Arquivo Nacional, onde os estudantes podem entender algumas das muitas batalhas que envolveu a Independência do Brasil. Além do conhecimento em si, é uma oportunidade também para os estudantes desenvolverem competências e habilidades ao pesquisar, buscar os documentos, compreender os fatos e discutir com os colegas.
*Troque experiências
E por último, mas não menos importante: troque experiências. Conversar com outros gestores, professores e demais profissionais da Educação pode ajudar a ampliar seus conhecimentos e transmiti-los aos alunos. Veja como a escola do seu colega vem trabalhando o assunto. Compartilhar os desafios da rotina escolar é sempre interessante.
