Faraós: entenda quem foram os Faraós do Egito Antigo e suas atribuições

Nome dado aos reis do Egito Antigo, os faraós tinham poder teocrático e hereditário

Formação Publicado em: Autor: Redação Educa SC

Eram considerados Faraós todos aqueles que foram reis da época a.C no Egito Antigo. Acreditava-se que eles tinham um poder teocrático e hereditário, ou seja, todos viam esses homens como divindades e o poder era passado de pai para filho. E por isso, eles administravam as terras e obras públicas da antiga civilização.

Estátua de Faraó- Foto: iStock/Divulgação/Educa SC

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Além disso, cumpriam o papel de deuses também, isso porque eram considerados o deus Hórus encarnado na Terra, que é o deus ligado ao Sol, e todo o poder era centralizado em suas mãos. Na época, para a população, a felicidade do monarca era fundamental para que as colheitas tivessem bom desempenho.

Foi por volta de 3000 a.C que surgiu o primeiro Faraó, mais conhecido como Menés, rei que governou de 3185 a 3125 a.C. O poder dos faraós era político, religioso, jurídico, administrativo e militar. Para governar a população, tinham o auxílio da nobreza e de funcionários públicos, tais como conselheiros, sacerdotes e escribas.

 

Quais eram as funções do Faraó?

Esses reis detinham a propriedade de terras no Egito, e por isso cabia a eles comandar o que seria feito na agricultura e como seriam as obras da região. Além dessa função, também tinham uma forte influência de religião.

A vida deles era composta principalmente por idas aos templos, reuniões de governo e idas às terras que estavam sob seu comando. Ademais, esses reis podiam ter várias esposas e habitavam grandes palácios, tendo acesso a maior quantidade de comida do Egito Antigo.

Ao final do dia, no pôr do sol, costumava ter uma cerimônia para agradecer aos deuses, e a presença de Faraó era fundamental. Ao todo, foram 170 faraós que reinaram no Egito Antigo. Confira os mais conhecidos:

Tutancâmon (1341 a.C – 1323 a.C)

Podemos considerar Tutancâmon como o Faraó mais famoso da época. Assumiu o poder com apenas nove anos de idade, e ficou ainda mais conhecido depois da sua morte aos 19 anos. Isso porque a sua tumba foi encontrada apenas em 1922, e totalmente intacta.

Seu reinado em si foi marcante porque o culto politeísta foi retomado, sendo esse um sistema religioso que consiste na crença em diferentes divindades. O seu pai, Akhaneton, tinha tentado tornar a civilização monoteísta, onde é cultivada apenas uma religião e onde se crê em uma só divindade.

 

Ramsés II (1303 a.C – 1213 a.C)

Ramsés II foi designado como ‘’ o Grande Ancestral’’, e teve muitas conquistas territoriais. Foi também um dos maiores responsáveis pelas grandes construções egípcias. Na época em que ele viveu, a expectativa de vida era muito baixa, e ele quebrou essa normalidade, vivendo até os seus 90 anos.

 

Cleópatra VII (69 a.C – 30 a.C)

Ainda hoje, se fala muito da Cleópatra. Talvez seja pelo fato de que a sua tumba foi encontrada apenas no século XX, fazendo com que informações para os estudos sobre o Egito Antigo viessem à tona.

Foi a última Faraó do Reino, e ele durou cerca de 20 anos, trazendo uma grande prosperidade para a região, principalmente na economia e relações exteriores. Cleópatra chegou a disputar o reinado com o próprio irmão, servindo de inspiração para muitas mulheres.

 

Hatshepsut (1507 a.C – 1458 a.C)

Hatshepsut também foi uma Faraó feminina, governando por mais de 21 anos. O seu reinado foi considerado como um tempo de paz. Ela foi a responsável por dar início a construção do templo mortuário de Deir el-Bahari, em Tebas Ocidental, próximo às regiões do Vale do Reis e Vale das Rainhas.

Xerxes I (519 a.C – 465 a.C)

Esse rei ficou muito famoso pela ocupação da Grécia nas Batalhas das Termópilas, que foi um conflito entre persas e espartanos por territórios. Após ser derrotado, fugiu do seu próprio reino. Foi visto como um tirano pelos gregos e tem sido retratado dessa mesma forma ao decorrer da história.

Quem foi o último faraó?

O último faraó do Egito Antigo foi Cesarião, filho de Cleópatra. Durante os seus primeiros dois anos de vida, ele permaneceu em Roma, junto de sua mãe, como convidados de Júlio César, que era o seu pai, mas nunca o reconheceu oficialmente.

Após a morte do General Júlio em 44 a.C, ambos foram obrigados a retornar ao Egito, e Cleópatra proclamou o filho como regente aos três anos de idade.

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