Dispositivos digitais: o uso excessivo da tecnologia pode afetar o desempenho dos alunos

A tecnologia pode trazer muitos benefícios para o desenvolvimento dos alunos, mas a utilização desenfreada pode resultar em consequências negativas, como a dificuldade de socialização

Formação Publicado em: Autor: Redação Educa SC

É comum nos depararmos com crianças fixadas na tela de um celular ou tablet. Isso porque cuidar de uma criança requer muito tempo, cuidado e atenção. E muitas vezes os pais se sentem sobrecarregados, e acabam permitindo o uso excessivo das crianças com a tecnologia.

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Os impactos positivos da tecnologia na formação das crianças são muitos, quando usados de maneira adequada e com os objetivos educacionais bem pontuados – Foto: iStock/Divulgação/Educa SC

A tecnologia pode trazer muitos benefícios educacionais e de entretenimento, isso porque é possível que as crianças adquiram outro tipo de aprendizado, de forma mais criativa, e que podem ajudar no desenvolvimento de forma interativa e estimulante, mas com o controle gradual desse uso.

Porém, a utilização desenfreada dos alunos com as tecnologias, pode acarretar algumas consequências, entre elas está a dificuldade escolar e a de socialização.

Segundo o relatório do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022, os estudantes usuários de smartphones e outros dispositivos digitais, que utilizam de cinco a sete horas por dia, tiveram a menor pontuação neste teste, que tem como objetivo avaliar os sistemas de ensino em todo o mundo.

Com o resultado desse relatório, compreendemos que o uso de celular em escola tem sido um tema desafiador para os gestores escolares. O objetivo não é abandonar os dispositivos digitais e sim, que as escolas promovam a ligação entre a tecnologia e o aprendizado, porém, com uso regrado.

Qual é o impacto da tecnologia na Educação?

Segundo dados do Censo Escolar, a internet banda larga está presente em 85% das escolas. Esse número já mostra que não tem mais como proibir os alunos de usarem as tecnologias digitais, e sim ensiná-los a ter limites para colherem bons frutos.

Além disso, pais e professores já utilizam a tecnologia como aliada para entretenimento e consumo de informação, tendo assim, experiência com o meio digital. Dessa forma, podem auxiliar as crianças que estão adentrando nesse mundo tecnológico.

Os impactos positivos da tecnologia na formação das crianças são muitos, quando usados de maneira adequada e com os objetivos educacionais bem pontuados.

Confira alguns exemplos de como os instrumentos podem ser benéficos:

  • Interação social: a interação social entre as crianças pode ser estimulada, por exemplo, através de jogos educativos online;
  • Estimulação cognitiva: os recursos tecnológicos podem ser usados na estimulação da curiosidade, da criatividade e do pensamento crítico das crianças. Esses fatores podem ser ativados por meio de jogos de matemática e de linguagem;
  • Acesso a informações: a maioria das informações são obtidas através da internet, e com isso, as crianças podem utilizar desse meio para pesquisar tópicos do seu interesse ou assistir a vídeos educativos;
  • Inclusão: as crianças que são PcDs podem ter uma aprendizagem perante a tecnologia, essas que são personalizadas e adaptadas para atender às necessidades de cada um.

Como definir um limite para as crianças no uso de dispositivos digitais?

Nas escolas, o tempo para utilizar essas tecnologias certamente é regrado, mas e em casa, como proceder? Além de limitar o uso excessivo, é importante estimular a criança a realizar outras atividades, tais como:

  • Incentivar o equilíbrio entre a tecnologia e outras atividades, como a leitura, o desenho, a música e a interação social com os familiares;
  • Incluir passeios ao ar livre na rotina de lazer da família, como parques ou outro programa que a criança se conecte;
  • Incentivar a prática de esportes como lazer, reduzindo assim os jogos virtuais em casa.

Ao adotar essas medidas, os pais ou responsáveis, estarão ajudando nos limites perante a tecnologia com a criança. Essa ferramenta pode ser a nossa melhor amiga, mas precisa ser usada de forma consciente e, como as crianças ainda estão em desenvolvimento, cabe aos adultos promover o uso equilibrado.

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