O último ano bissexto que tivemos foi em 2020, e agora, quatro anos depois, viveremos mais um ano com um dia a mais no calendário. Isso significa que o ano de 2024 terá 366 dias. Esse dia a mais é adicionado no mês de fevereiro, que normalmente costuma ter 29 dias, e no próximo ano, terá 30.
Leia mais: Em entrevista, secretária adjunta da Educação faz um balanço do setor em 2023
Os anos bissextos acontecem a cada quatro anos, e essa inclusão de um dia a mais foi feita para aproximar o calendário ao movimento de translação da Terra, tempo esse que o planeta leva para dar a volta no Sol, que é de 365 dias, 5 horas e 48 minutos. Essas horas que ultrapassam são compensadas a cada quatro anos.
Como surgiu o ano bissexto?
Existe uma lenda quanto a criação do ano bissexto, onde diz que o primeiro calendário romano tinha sido criado por Rômulo, o fundador de Roma, e ele contava com 304 dias divididos em 10 meses.
Em seguida, o sucessor de Rômulo, Numa Pompílio, criou um novo calendário, com 355 dias. Com isso, o calendário romano passou a ser luni-solar e teve a adoção de mais um mês, que foi intitulado de “mensis intercalaris’’.
Essa atitude foi tomada para que houvesse o alinhamento com o ano solar, onde o ano começava em março e terminava em fevereiro.
A criação do calendário juliano
Alguns séculos depois, devido a diferença do calendário da época e o ano solar, o ditador Júlio César solicitou ao astrônomo Sosígenes para reformular o calendário, a fim de diminuir essa disparidade.
Foi então que Sosígenes definiu 365 dias regulares e um adicional a cada quatro anos, dando vida ao calendário juliano. Algumas regras da astrologia também foram definidas, como cada mês abranger as quatro fases da lua.
Como são calculados os anos bissextos?
O astrônomo Sosígenes, que ficou responsável por essa mudança no calendário, definiu que um dia fosse acrescentado no mês de fevereiro a cada quatro anos. Após a morte de Júlio César, nem todos os anos bissextos respeitaram essa regra.
E essa situação acabou por gerar um excesso de dias, e para contornar esse problema, o imperador Augusto César determinou que entre 12 anos a.C e 8 a.C não houvesse a presença dos anos bissextos.
Com a mudança para o calendário gregoriano, definiram que o cálculo dos anos bissextos seriam aqueles que são divisíveis por quatro e, para evitar mais diferenças com o ano solar, a conta determinou que os anos terminados em 00 (múltiplos de 100) só poderiam ser bissextos se o resultado da divisão por 400 desse exata.