11 de setembro: 22 anos do ataque terrorista que chocou o mundo

Entenda as causas e as consequências dos atentados de 11 de setembro, que refletem ainda hoje, em todo o mundo

Formação Publicado em: Autor: Redação Educa SC

Hoje, 11 de setembro, completam 22 anos que os Estados Unidos sofreram um dos maiores ataques terroristas da história. O atentado foi ocasionado por dois aviões que chocaram contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, deixando quase 3 mil mortos.

Torres Gêmeas em chamas após ataque terrorista de 11 de setembro de 2001- Foto: Divulgação/Educa SC

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Esse foi um ataque suicida, realizado pelos islâmicos que faziam parte da organização terrorista Al-Qaeda. Na época, liderada por Osama Bin Laden, impulsionando 19 terroristas que sequestraram quatro aviões comerciais, para então derrubar as Torres Gêmeas do World Trade Center.

O prédio era composto por sete edifícios comerciais, que tiveram sua inauguração em 1973. Dentro dele, estavam as Torres Gêmeas, com 110 andares e 417 metros de altura. Chegaram a ser um dos maiores prédios do mundo, e um dos grandes símbolos da cidade norte-americana.

 

O dia do ataque

O atentado de 11 de setembro de 2001 foi elaborado durante 2 anos, com o conceito de jihad – uma ideia de guerra santa, que faz parte da religião islâmica e é explorada por esses grupos fundamentalistas que praticaram o ato terrorista.

No dia do ato, os terroristas embarcaram em quatro voos diferentes que saíram da costa leste dos Estados Unidos, e que pousariam na Califórnia. Após as aeronaves subirem, o grupo tomou conta delas para então começar com o plano.

O primeiro voo, por volta das 09:00 foi lançado contra a Torre Sul do World Trade Center. O ataque à segunda Torre ocorreu às 09:30, aumentando o grau de devastação que já era alto. O terceiro ataque foi lançado contra o Pentágono, prédio que sediava o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

O quarto e último voo era composto por 93 passageiros, que se rebelaram contra os terroristas, mas se viram sem saída e optaram por lançar o avião na zona rural de Shanksville, localizado no Estado da Pensilvânia. O alvo desse voo era o Capitólio, centro do Poder Legislativo dos EUA.

Enquanto os ataques estavam ocorrendo, as autoridades começaram a intervenção para tentar minimizar a quantidade de pessoas atingidas, e resgatar os que já haviam sido feridos.

O incêndio estendeu-se por alguns minutos nos últimos andares das Torres Gêmeas, resultando assim no superaqueciamento da estrutura do prédio, que acabou desmoronando.

Após a contagem de vítimas atingidas na tragédia, conclui-se que o atentado resultou em 2996 mortes: 2606 em Nova York; 125 no Pentágono; 246 vítimas dos aviões e, por fim, a morte dos 19 terroristas.

 

Quais foram as razões para o ataque?

O grande motivo, sem sombra de dúvidas, foi o extremismo de Bin Laden e a sua organização. Mas primeiro, vamos conhecer um pouquinho do terrorista mais famoso da história. Bin Laden foi um terrorista saudita, que fundou a organização terrorista Al-Qaeda, e um dos idealizadores do atentado às Torres Gêmeas em 11 de setembro, que acabou sendo morto pelas forças especiais da Marinha dos Estados Unidos em 2011 após descobrirem o seu esconderijo.

Bin Laden considerava os Estados Unidos como um grande inimigo, isso pois no final da década de 1970, os americanos investiram forças de oposição no interior do Afeganistão. Com o objetivo de enfraquecer o governo que na época era comunista, e forçar os soviéticos a intervir, a fim de fazê-los gastar recursos em uma guerra.

Os americanos então começaram a apoiar os grupos reacionários do interior do país, esses que passaram a receber dinheiro e armas dos EUA. Esses grupos são conhecidos como os mujahidin, e após o Afeganistão ser invadido pela URSS, convocaram então um jihad contra os soviéticos. Onde começaram a defender ideias conservadoras, resultando assim no fundamentalismo islâmico.

Nesse percurso da guerra, Bin Laden foi convocado e então partiu rumo ao Afeganistão. Em 1990, o Kuwait foi invadido pelo Iraque, e a família real kuwaitiana foi abrigada em Riad, capital da Arábia Saudita. A situação entre sauditas e iraquianos ficou tensa após esse cenário de invasão, e Bin Laden aproveitando-se disso, ofereceu ao governo saudita as suas tropas da organização Al-Qaeda, para então proteger o território da Arábia.

Os saudistas decidiram recusar a proposta e aceitaram ajuda dos norte-americanos. E foi aí que Bin Laden se revoltou e começou a odiar os EUA, afirmando ser um sacrilégio o fato dos infiéis estarem protegendo o solo sagrado da Arábia Saudita.

Essa situação promoveu a expulsão do líder do grupo terrorista Al-Qaeda da Arábia Saudita, e por isso, ele acabou se refugiando no Sudão e, posteriormente, no Afeganistão, local onde foi organizado o ataque contra os Estados Unidos em forma de vingança.

 

As consequências da tragédia de 11 de setembro

O desastre ocasionado pelos terroristas foi tão grande, que os Estados Unidos não tinham outra opção a não ser reagir. Em outubro de 2001, o exército americano iniciou a invasão ao Afeganistão, com o objetivo de derrubar o Talibã, que tinha dado abrigo à organização da Al-Qaeda.

Essa invasão de fato derrubou o Talibã, mas até hoje não normalizou a situação do país. Em dias atuais, ainda ocorrem combates no Afeganistão contra as tropas do Talibã, e como consequência disso, de lá pra cá, morreram cerca de 31 mil pessoas.

Já nos Estados Unidos, as consequências são em questão da rigidez de segurança nos aeroportos, presentes até hoje. Exemplo disso estão: uso de detector de metal, revistas de bagagens, restrição a líquidos na mala de mão e uso de scanners corporais como umas das medidas para combater ataques terroristas.

 

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