Educação financeira na adolescência: 5 dicas de como começar a cuidar do seu dinheiro

No início da vida financeira, é comum cometer erros, veja algumas formas de manter o controle e economizar com a ajuda da educação financeira

Formação Publicado em: Autor: Redação Educa SC

Uma pesquisa realizada pelo Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), feita em 2020, mostra que 48% dos brasileiros não controlam o próprio orçamento. Não coincidentemente, é a mesma porcentagem de pessoas que acabaram com o “nome sujo” no ano que precedeu o levantamento dos dados.

A adolescência é, normalmente, a época em que os jovens começam a ter acesso a quantias mais significativas de dinheiro, seja devido a uma mesada, ao primeiro emprego como jovem aprendiz, ou até mesmo aquele presentinho que a avó manda em datas especiais. Mas para não acabar virando estatística, é importante educar-se financeiramente desde cedo.

imagem mostra adolescente mexendo em moedas
Adolescente cuidando do seu dinheiro – Foto iStock/Divulgação/Educa SC

 

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Educação financeira nada mais é do que conhecer onde e como você está gastando o dinheiro que recebe, focando em não terminar o mês no negativo ou acumular dívidas. Quando se é jovem, é comum achar que isso não importa e o entusiasmo de ter o dinheiro na mão acaba levando a compras desnecessárias, como por exemplo, adquirir algo muito desejado, mas que não é prioridade no momento.

E a gente entende, é bom demais poder comprar algo sem ter que pedir aos pais, mas acredite, planejamento é a melhor forma de conseguir sua independência financeira! Começar a cuidar do próprio dinheiro pode parecer uma tarefa difícil, principalmente quando o assunto não costuma fazer parte do seu dia a dia. Foi por esse motivo que nós, do Educa SC, separamos 5 dicas para você dar esse pontapé inicial.

 

  1. Gaste menos do que você recebe

Pode parecer uma dica óbvia, mas a verdade é que gastar tudo que você recebeu no mês é mais fácil do que parece, sem contar que emergências surgem nos momentos mais inoportunos, e por isso mesmo é tão importante ter uma reserva destinada para isso.

Se sua renda é fixa, você pode determinar um valor específico para guardar, mas se ela é variável, estime uma porcentagem, que pode ser de 15% ou 20%. É importante analisar suas necessidades financeiras, levando em consideração os seus gastos fixos e indispensáveis, mas também deixando uma reserva para gastar com algum desejo ou lazer.

Guarde esse dinheiro em um lugar onde você não vai se sentir tentado a usar. Cofrinhos são uma opção interessante, mas você pode simplesmente guardar em uma caixa no fundo da gaveta.

 

  1. Registre tudo

Como falado anteriormente, é muito fácil não perceber quanto você está gastando, e uma forma de resolver isso é anotar absolutamente tudo que você compra, desde roupa até aquele lanchinho na cantina da escola. Dessa maneira, você vai ser capaz de ter uma noção visual dos gastos e será mais fácil de perceber quando estiver chegando próximo do seu limite mensal.

Você pode fazer isso usando o bom e velho caderno, uma planilha no Excel, ou até mesmo um aplicativo – existem muitos disponíveis, com as mais variadas funções – como por exemplo, aqueles que que te avisam quando você está perto de atingir o seu limite de gastos. Escolha algo que atenda suas necessidades e que vai funcionar para você.

 

  1. Reveja seus hábitos

Agora que você tem uma quantia determinada para gastar todo mês, e está controlando onde gasta o seu dinheiro, está na hora de rever seus hábitos e analisar o que você precisa mudar. Com o que você está gastando mais? São nas necessidades ou em coisas supérfluas? Você está conseguindo se manter dentro do limite? A partir dessas perguntas, é possível ver onde você está errando, e se adaptar a partir disso.

Se está gastando demais em rolês com seus amigos, por exemplo, você não necessariamente precisa parar de sair, mas tente procurar alternativas mais em conta. Se você se planejar bem, é possível que não precise fazer mudanças muito drásticas, apenas realizar algumas trocas.

É importante também rever suas prioridades, quando você estiver se aproximando do seu limite de gastos, se pergunte, o que é mais importante, uma blusa nova ou uma semana de lanches na escola? Adapte esse questionamento para sua realidade e tente lembrar que, por mais difícil que essas escolhas pareçam no início, é muito recompensador chegar no fim do mês sem estar zerado.

 

  1. Crie metas e objetivos

A essa altura da leitura, você deve ter percebido que todas essas dicas estão interligadas, então, se você conseguiu rever seus hábitos e não está mais chegando no final do mês zerado, você está pronto para determinar suas metas e objetivos. Faça isso de curto, médio e longo prazo, assim você vai se sentir mais determinado ainda para deixar sobrando uma quantia de dinheiro todo mês.

Alguns exemplos de metas a curto prazo são aquelas que você pretende cumprir dentro de um ano, médio prazo em até cinco anos e longo prazo em cinco anos ou mais. Pensar longe assim pode parecer difícil, ou até sem sentido, mas é importante para te incentivar a continuar se educando financeiramente e cuidando do seu dinheiro.

 

  1. Abra uma conta no banco

Ter o dinheiro na mão é bom, mas existem muitas vantagens em ter uma conta bancária, e elas variam de acordo com o tipo de conta que você vai abrir. Existem três tipos: a conta de depósitos, a conta-salário e a conta de pagamentos. Se você trabalha, provavelmente já tem uma conta-salário, embora, nessa idade, a mais vantajosa seja uma conta depósito – a conta-poupança.

Quando você abre uma conta-poupança, você ganha um cartão que pode ser usado em pagamentos em forma de débito, e ela ainda tem rendimento de juros. Isso significa que todo mês o dinheiro que está lá vai render 0,5% + taxa referencial, que é calculada diariamente e divulgada pelo Banco Central do Brasil.

Você pode abrir também uma conta-depósito, que é conta-corrente. Com ela, você pode fazer compras no crédito e aplicações financeiras, mas isso é algo para se pensar quando você já tiver um certo controle da sua vida financeira.

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