Bullying na escola: como acabar com este problema?

Não é tão fácil de reconhecer quando é e quando não é, ou se a gente já sofreu, ou se já cometeu bullying. O fato é que isso ainda ocorre nas escolas e é preciso ficar atento; saiba como

Formação Publicado em: Autor: Lucas Inácio

Com certeza todo mundo já viu aquela cena clássica de um corredor de escola em que um aluno mais forte, cheio de amigos em volta, faz uma maldade contra um outro estudante indefeso. Se for uma aluna, geralmente é alguém popular, mas também rodeada de amigas. Essas pessoas fazem uma piada, as que estão em volta riem e logo em seguida vem uma ameaça para mostrar quem é que manda.

Menina em sala de aula observando a conversa de outros colegas

Apesar do tema bullying ser discutido nas escolas, o fato é que ainda ocorre entre os estudantes e é preciso sempre estar atento para que essa situação não evolua para problemas maiores – Foto: iStock/Divulgação/Educa SC

Agora pensa: onde você viu uma cena assim? Provavelmente, em algum filme, série ou desenho. O bullying é retratado dessa forma na cultura pop, mas na vida real as situações são de diversas gravidades e bem diferentes. Não é tão fácil de reconhecer quando é e quando não é, ou se a gente já sofreu, ou se já cometeu bullying. No dia a dia é bem mais complexo, mas, sim, o bullying infelizmente existe.

Mas, afinal, o que é bullying?

O termo vem lá dos anos 1970, então, imagina quanta coisa mudou de lá para cá. No geral, bullying é um tipo de agressão, física ou psicológica, que é feita repetidas vezes e sem motivo aparente. Geralmente, este tipo de agressão é movida por:

  • Etnia (racismo);
  • Orientação sexual (homofobia);
  • Peso (gordofobia);
  • Religião;
  • Dificuldade de aprendizado;
  • Característica física;
  • Diferença cultural;
  • Diferença social;
  • Timidez;
  • Entre outros motivos usados para ofender.

Quais são os tipos de agressões?

As mais comuns são psicológicas como fazer piada, insultar, constranger, xingar, excluir, ameaçar ou ignorar. Pegar ou estragar pertences também é um tipo. E, em casos mais graves, pode virar agressões físicas, tipo aquelas dos filmes do começo do texto.

E, nos últimos anos, os ataques pela internet estão aumentando cada vez mais, que é o que chamam de cyberbullying e isso é bem perigoso porque não é só na escola: acontece on-line e a qualquer hora.

Uma pesquisa da Microsoft, publicada no início deste ano, mostrou que 72% dos brasileiros estão expostos a ofensas na internet e ao cyberbullying, sendo o oitavo pior dos 32 países que participaram da pesquisa. E isso preocupa, pois das pessoas que responderam à pesquisa:

  • 43% falaram que já estiveram envolvidas em cyberbullying;
  • 70% não acreditam que a internet seja um lugar civilizado;
  • 86% acham que vai acontecer de novo;
  • 94% acham que não vai haver punição.

Como resolver este problema?

  • Primeiro ponto é falar para os professores, diretores e responsáveis;
  • Se você ou algum amigo sofrer algo, peça ajuda, não guarde para si;
  • Se você vê algum amigo fazer algo, explica que não é legal;
  • Se ficar em dúvida, pense: “eu ia gostar se fosse comigo?”;
  • Viu algum colega triste? Converse com a pessoa, pergunte se está tudo bem, ofereça ajuda;
  • Não participe dessas atitudes só para ser do grupo.

Se você percebeu, muito do que foi falado aqui tem um ponto em comum: entender e aceitar as diferenças. Cada pessoa tem seu jeito, gosta de coisas diferentes, torce para times diferentes, é bom em matérias diferentes, ouve músicas diferentes. Ninguém é igual a ninguém.

E para entender isso, a gente tem que conhecer os outros colegas da turma. Não precisa ser melhor amigo de todo mundo – até porque é impossível –, mas isso ajuda a ter empatia. Pensem bem e vamos fazer diferente.

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