Quem já teve aula de química sabe como as tabelas e componentes são essenciais para gerar reações e transformações. Entretanto, os alunos do terceiro ano do Ensino Fundamental da Escola de Educação Básica (EEB) Doutor Miguel de Patta, de Grão-Pará, aprenderam que as substâncias químicas também estão presentes na cozinha, em cada alimento que consumimos.
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Com uma linguagem divertida e apoio no livro didático, a professora Gisela Torres Naiz começou a atividade com uma pergunta. “Eu questionei os alunos sobre o que era química para eles. Alguns responderam que química era a matéria que os irmãos estudavam nos Anos Finais; outros responderam que química é aquilo que os cientistas fazem nos laboratórios e por isso eu decidi trabalhar de forma lúdica esse tema”, explica a educadora, que contou com o auxílio da professora Denyse Meurer Margotti nas turmas do período matutino.
Com o intuito de explicar de forma teórica a química, a ação foi de encontro com os componentes curriculares nesta idade, que incluem o estudo das plantas e alimentos. Para entender como as substâncias químicas agem na cozinha, foi necessário explicar que o sal, o açúcar e até mesmo o calor podem modificar determinadas comidas, criando gostos e texturas que conhecemos.
A alimentação saudável também entrou em pauta, com a preparação de uma sopa de legumes. Cada criança trouxe de casa um determinado alimento, mas a construção do prato foi feita em conjunto, com todos.
O ato de cortar, descascar e sentir cada item foi uma experiência nova para muitos, que ainda não tinham consumido algumas alternativas, mas que passaram a conhecer e comer depois da atividade.
Substâncias químicas: conhecendo de perto o limão
Você já teve coragem de chupar um limão? Qual foi a sua reação? As turmas dos Anos Iniciais da EEB Doutor Miguel Patta tiveram da essa experiência em sala de aula. Antes de fazer uma limonada e conferir a mudança do sabor com a adição do açúcar, a primeira parte da tarefa foi amarga para muitos.
“Foi bem divertida essa parte. Uns gostam, outros não gostam, então também trabalhos a resistência com a acidez, cada corpo reage de uma forma a acidez que existe nos alimentos”, comenta Gisela. O objetivo é que os alunos pudessem estimular as papilas gustativas, responsáveis pelo paladar humano.
As grandezas e medidas também foram trabalhadas durante o desafio, comprovando que as experiências são métodos interdisciplinares e formas diferenciadas de abordar um conteúdo. E essas alternativas estão cada vez mais presentes.
“Que bom que com o passar do tempo a educação está modificando e o lúdico está sendo muito comentado em formação continuada, em estudos. O lúdico está sendo muito falado”, destaca a professora.
A proximidade com a abordagem é antiga e sempre fez parte do cotidiano. Além de proporcionar um novo ponto de vista para a classe, é inegável que os profissionais também precisam de preparo, definindo os temas e abordagens — tudo precisa estar no planejamento. “Às vezes eu nem durmo direito pensando na aula do dia seguinte”, completa a professora.
Quem está do outro lado reconhece o empenho e as oportunidades. “A aula da professora Gisela é bem legal e ela está todo dia passando conteúdo diferente”, conta o aluno Guilherme Perin Becker.