A Terra é o único planeta do sistema solar capaz de abrigar vida e, por isso, é necessário conscientizar as pessoas sobre os cuidados com o meio ambiente. Em São Francisco do Sul, no Litoral Norte, uma escola descobriu uma forma eficaz de fazer isso: a Escola de Educação Básica (EEB) Engenheiro Annes Gualberto criou um projeto para trabalhar a educação ambiental e transformar a realidade local onde a unidade está inserida.
Em março do ano passado, o projeto chamado “Feira Ambiental: a importância de proteger o meio-ambiente” foi contemplado no edital 001/2019 da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Francisco do Sul e recebeu um recurso de R$ 10 mil do Fundo Ambiental.
No entanto, por conta da pandemia da Covid-19, as aulas presenciais foram suspensas na unidade de ensino e a iniciativa precisou ficar parada. Neste ano, com o retorno das atividades, o projeto foi retomado e os alunos de primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental foram desafiados a encontrar soluções práticas para minimizar os problemas ambientais da região.
O bairro Paulas é uma comunidade em que a pesca tradicional é muito presente. Em contrapartida, os problemas ambientais também: o descarte irregular de resíduos e o abandono de animais são comuns na cidade.
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Em resposta a esses problemas, os estudantes adotaram medidas sustentáveis para reverter a situação. Entre as ações está a reciclagem, o descarte correto de óleo vegetal, a realização de limpezas das praias, o reaproveitamento de alimentos e os cuidados com os animais.
Todas essas medidas estão de acordo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) listados pela ONU na agenda 2030, que estabelece metas para erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente, o clima e garantir a paz até 2030.
De acordo com Marcelo Braga, gestor da EEB Engenheiro Annes Gualberto, a iniciativa tem por objetivo formar cidadãos capazes de transformar o planeta. “A conversa que eu tive com os alunos é que nós estamos aqui de passagem, a gente quer deixar um mundo melhor e eles têm plenas condições”, afirma.
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Vanessa Fonseca, educadora ambiental e coordenadora do projeto, afirma que é satisfatório perceber o engajamento dos alunos. “Trabalhar com as crianças e ver que elas estão conseguindo entender a mensagem é muito gratificante. Elas vão perceber que se faz necessário cuidar do ambiente de uma forma possam usufruir dele mais tarde”, destaca.
Ainda neste ano, a escola irá implementar a coleta seletiva, de óleos vegetais e de lixo eletrônico. Em dezembro, cada turma irá apresentar o resultado das pesquisas e do levantamento que reuniram durante o semestre na Feira Ambiental.