Em um mundo cada vez mais desafiador é papel das escolas preparar os estudantes para encontrar soluções inovadoras para possíveis problemas que poderão existir no futuro, como escassez de água potável, risco de insegurança alimentar e o aumento das inundações e do nível do mar – consequências causadas pelas mudanças climáticas.
Desenvolver o raciocínio lógico na educação permite que o aluno resolva problemas, melhore o seu desempenho e crie gosto pelo aprendizado, por isso é imprescindível que as escolas invistam em técnicas para estimular essa habilidade.
Jogos de tabuleiro como xadrez e dama, além de outros jogos de estratégia que estimulam o raciocínio lógico, são uma alternativa divertida e criativa para despertar o interesse nos alunos, foi o que descobriu a professora de matemática, Bárbara Beatriz da Silva Domingos, da Escola de Educação Básica (EEB) Gregório Manoel de Bem, de Laguna, no litoral Sul de Santa Catarina.
A educadora trabalha o componente curricular Jogos de Raciocínio Lógico na unidade de ensino com os alunos da primeira série do Novo Ensino Médio. Na disciplina eletiva, os estudantes aprendem a resolver problemas pensando em estratégias para vencer os jogos de xadrez, dama e sudoku.
De acordo com Bárbara, os jogos de estratégia contribuem para o aprendizado dos alunos auxiliando na concentração durante as atividades e despertando o gosto pelo raciocínio que, às vezes, não aparece nas aulas regulares.
No mês de outubro, a escola teve um campeonato de xadrez e os alunos tiveram a oportunidade de testar as suas habilidades. Além da competição, os estudantes também participaram de uma atividade em que cada um confeccionou o seu próprio jogo com materiais recicláveis. Em seguida, fizeram uma oficina com os alunos dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e explicaram como funcionava os jogos e as regras.
Para a professora Bárbara que, até então, só havia ministrado o componente curricular de Educação Financeira para os alunos do Novo Ensino Médio, a experiência foi positiva. Segundo ela, os estudantes tiveram uma melhora no desempenho em sala de aula. “Eu percebi a mudança logo após a eletiva de Educação Financeira, em que os alunos despertaram para a disciplina de matemática e com eletiva de jogos só veio a acrescentar essa mudança”, conta.
Adriana Araújo Leal, gestora da EEB Gregório Manoel de Bem, afirma que o componente curricular fortalece o vínculo entre estudantes e professores . “O ponto principal para que a atividade aconteça é a importância da escuta dos alunos, partindo dos seus interesses. Além do vínculo positivo nas relações entre alunos e professores, nos jogos são desafiados constantemente por problemas que lhes são significativos e estimulados a pensar rápido e a traçar inúmeras estratégias para conseguir atingir os objetivos”, destaca.