A colonização italiana é uma das mais fortes em Santa Catarina. Com a chegada dos primeiros imigrantes na em 1870, o povo europeu influenciou a cultura, a agricultura, a culinária e a arquitetura de diversos municípios catarinenses. Estima-se que, hoje, vivem cerca de três milhões de descendentes italianos no Estado.
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Para celebrar os 145 anos da primeira colônia italiana no sul de Santa Catarina, a Azambuja, foi realizado um concurso organizado pela Associação para Itália no mundo em conjunto com a Associação Internacional Trevisani nel Mondo.
A competição teve como objetivo incentivar os alunos das escolas a conhecerem suas histórias familiares e de imigrantes, que tiveram um importante papel na construção da região sul catarinense.
“Partimos! Juntamente conosco apenas nossa honra e expectativa de vida melhor, foram longos dias de navio a vapor, com nossa euforia a mil”. com o texto intitulado “Memórias da Imigração”, Evelyn Medeiros, da Escola de Educação Básica (EEB) Imaculado Coração de Maria, em Pedras Grandes, venceu o concurso.
A unidade escolar oferece aulas de italiano para a 1ª série do Ensino Médio e para o projeto foram trabalhados textos e documentários sobre a imigração italiana no Sul de Santa Catarina, junto com a professora Vanusa Manarin de Césaro Straus. Cada estudante foi o responsável por escolher um gênero literário e criar seu texto com base no tema escolhido.
Com a avó materna de origem italiana, e após assistir um documentário sobre a colônia de Azambuja, Evelyn escreveu sua obra no ponto de vista de um imigrante que deixou tudo para trás em busca de um futuro melhor.
“Quando cheguei em casa comentei com meus pais sobre e mostrei a eles o documentário, foi quando acabei percebendo alguns pontos que não havia notado sobre a imigração. O documentário, a música Mérica Mérica e morar em terra da colonização foram os pontos chave para a realização do texto”, comenta a estudante.
“A aluna Evelyn Medeiros usou de muita criatividade, leveza e conhecimento, dando ênfase desde a saída dos imigrantes de seu país de origem, as tribulações sofridas, sonhos e desejos e a esperança no futuro”, esclarece a professora.
A vitória da estudante foi motivo de muito orgulho para a comunidade escolar da região – e de surpresa para a própria estudante. “Quando soube, de começo, não acreditei muito. Achei que era um engano, minha ficha só foi cair na entrega dos prêmios”, confessa Evelyn.