A EEB Professor Osni Paulino da Silva, de Anchieta, realizou um projeto para ajudar comunidades da África que sofrem com a falta de água. Por meio do projeto Água para África, estudantes do 9º ano arrecadaram fundos, que serão encaminhados para a construção de um poço artesiano em Moçambique, na África.
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A ideia de ajudar comunidades moçambicanas que sofrem com a falta de água potável surgiu durante uma palestra sobre a cultura africana, ministrada pelo professor aposentado Tarcísio Hanauer, que desenvolve um trabalho com missionários em Moçambique. Sensibilizados com os relatos, fotos e vídeos apresentados pelo professor, os alunos mobilizaram-se no sentido de desenvolver ações para arrecadação de recursos financeiros, com o objetivo de ajudar as comunidades moçambicanas que sofrem com a falta de água.
Com a ajuda de professores e o apoio da direção e equipe pedagógica, os alunos criaram um concurso, que envolveu toda a escola, para escolher o slogan e imagem que representaria o projeto. “Pequenas ações, efeitos importantes” foi o vencedor. A partir daí a coordenação distribuiu aos alunos e professores, envelopes com a foto e o slogan do projeto para que cada um pudesse realizar a sua doação.
“Não imaginávamos que nosso projeto tomaria essa proporção, mas foi tão impactante, nos sensibilizou tanto, que os alunos sentiram a necessidade de ajudar. Inclusive, alunos que passam por dificuldades financeiras também contribuíram, trazendo o envelope cheio de moedas, que era o que elas tinham no cofrinho. Não foi só o valor financeiro que contou, mas o valor sentimental e a empatia que despertou nos nossos alunos”, explica, emocionada, a coordenadora Silvane Prestes de Oliveira.
O dinheiro arrecadado já foi encaminhado para Moçambique através do Lions Clube de Guaraciaba, que realiza o Projeto “Água Humanitária”. De acordo com Silvane, para ser beneficiado com a água, as famílias precisam participar de programas de formação em grupo, frequentar o Alcoólicos Anônimos, garantir que os filhos frequentem a escola, entre outros.
O poço que vai atender de 100 a 150 famílias com 40 litros diários de água e será construído pelos próprios africanos moradores da comunidade, com a coordenação da Congregação. A previsão é de que até o final de novembro deste ano, a obra já esteja concluída e aconteça o evento inaugural, onde, no tampo do poço, ficará registrado o nome da instituição que contribui financeiramente para a construção.
“Isso mexeu tanto com os estudantes, que para o ano que vem eles querem realizar outras ações, como por exemplo, a confecção de latinhas com slogan do projeto para colocar em supermercados e farmácias; realização de pedágio para arrecadar doações; visita à empresas da região para firmar parcerias e até o recolhimento de lixo reciclável para reverter em recursos para a construção de um ou mais novo poços”, conclui Silvane.