Aprender mais de uma língua pode proporcionar vivências novas, como conhecer outras culturas, além de ser um diferencial no mercado de trabalho. Desta forma, o projeto “Soletrando Trilíngue” foi desenvolvido com o objetivo de promover a aprendizagem dos estudantes da Escola de Educação Básica (EEB) Ana Gondin, no Sul do Estado de Santa Catarina, em três línguas: espanhol, inglês e português.
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A ideia do projeto surgiu em um encontro de planejamento do Novo Ensino Médio (NEM). Com rodadas de soletração, os estudantes sorteavam a palavra em uma caixa e tinham como desafio soletrá-la nos três idiomas estudados.
Os responsáveis pelo projeto foram os professores Murilo Fernandes de língua inglesa, Rafaela Ferro, de língua espanhola, e Rogério Vieira, de língua portuguesa, além das professoras de inclusão Cleide Duarte e Maria Edite.
Para a coordenadora, Elenita Goulart, o resultado da atividade foi positivo. “De início, os alunos se comportaram de forma ansiosa, porém, no decorrer do evento, eles se libertaram de seus medos, apresentando um desempenho brilhante”. A responsável complementa que a educação inclusiva teve destaque no projeto, pois o aluno Leonardo Antônio Firmino, que é autista, foi um dos alunos que se sobre saiu, ele soletrou todas as palavras corretamente em espanhol.
Educação inclusiva
Todos têm o direito à educação, segundo a nossa Constituição Federal e por isso a educação inclusiva é tão importante. Existem vários métodos de ensino e o mais comum usado nas escolas nem sempre é efetivo para aprendizagem de todos os tipos de alunos.
Aprender de uma forma diferente não significa que um aluno seja melhor ou pior que outro, todos são iguais e diferentes ao mesmo tempo, a questão é que todos têm direito ao processo de aprendizagem.
Temos o exemplo do Leonardo, 17, que está na primeira série do ensino Ensino Médio. Diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), sua dificuldade está na comunicação, socialização e comportamento. Na aprendizagem, o desafio está na interpretação de texto e raciocínio lógico.
Com atendimento no contraturno escolar, Leonardo estuda com a professora Maria Edite. “As atividades são adaptadas de forma a facilitar a interpretação e flexibilizar aprendizagem do estudante.”
Como os outros alunos, Leonardo também participou do projeto “Soletrando Trilíngue”. “A participação dele (Leonardo) foi surpreendentemente tranquila, mesmo com dificuldades de concentração e ansiedade, todo o barulho (som, torcida das turmas) ele se comportou bem e soletrou corretamente todas as palavras sorteadas”, descreve a professora.