Quem prática esportes de forma competitiva sabe que o maior objetivo é chegar ao pódio. Para as alunas Raissa Sucatelli, da Escola de Educação Básica (EBB) Orlando Bertoli, Presidente Getúlio, e Eduarda Merigo Vieira, da EBB Soror Angélica, São Lourenço do Oeste, esse momento chegou. Ambas conquistaram medalhas em campeonatos nacionais disputados neste segundo semestre.
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Raissa está na primeira série Ensino Médio e conquistou o lugar mais alto do pódio que se pode alcançar em uma competição, a 1º colocação. Representando a seleção catarinense, ela se sagrou campeã na categoria Kumitê, na Classificatória Brasileira de Karatê. Para atleta, a conquista é algo que ela nem imaginava.
“Comecei praticar karatê há cinco ou seis anos, mas era apenas como esporte, não imaginava ir para competições”, admite Raissa. “Mas essa não foi minha primeira competição, disputei uma Copa Penha no ano passado”, complementa a atleta.
Mas, para chegar até aqui, a carateca tem que dedicar muitas horas do seus dias para treinos. “A preparação foi intensa, treino todos os dias em um dojo de Karatê”, conta Raissa, que não vê problema nessa intensidade. “Foi muito bom conquistar a medalha, uma sensação maravilhosa, de que se você treinar na garra e vontade o resultado final vai ser muito gratificante”, conta a aluna.
Agora, ela se prepara para uma competição maior ainda. Tendo conquistado o 1º lugar no pódio, Raissa vai disputar a grande final do Campeonato Brasileiro de Karatê que ocorre em novembro, na cidade de São Paulo. Ela vai enfrentar atletas de diversas regiões do Brasil, com um único objetivo: a medalha de ouro.
Jogos da Juventude e a medalha no arremesso de dardos
Eduarda Merigo Vieira, aluna do Ensino Médio da EBB Soror Angélica, também chegou ao pódio, conquistando uma medalha de 3º lugar nos Jogos da Juventude. Representando a escola e Santa Catarina no arremesso de dardos, a atleta saiu com o bronze no peito na competição que tinha atletas de todo o Brasil.
Mas, para ela, disputar com pessoas ao redor do país não foi novidade. “Os Jogos da Juventude foram a minha quarta competição em nível nacional”, contou Eduarda. A atleta já tinha disputado o Brasileiro Loterias Caixa Sub-16 2021 e o Brasileiro Loterias Caixa Sub-18 em 2021 e 2022.
O interesse da atleta pelo esporte partiu por influência do pai. “Ele é atleta e me influenciou. Já pratico há cinco anos. O esporte é de muita importância na minha vida, desde que me lembro estou com uma bola na mão, e depois também veio o atletismo. Já não sei viver sem.”
Igual Raissa, Eduarda conta que seus treinos são intensos. “Treino em um campo de futebol aqui na minha cidade, pois não temos pista. Mas treino diariamente e com muita dedicação”, fala a atleta.
Para a aluna, a sensação do terceiro lugar no pódio foi muito gratificante, como um dever cumprido e orgulho de representar tão bem a escola onde estuda.
Atividade física nas escolas: a importância do esporte desde cedo
Atletas como Raissa e Eduarda tem algo em comum: estão apenas no Ensino Médio. Mas qual a relevância disso? Mostrar que atividade física, quando levada com importância, pode fazer com que jovens vejam o esporte como carreira.
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Eduarda é um exemplo. Ela participou da sua quarta competição de nível nacional e conquistou uma medalha de bronze, um terceiro lugar no pódio, além de ficar feliz por representar sua escola, ela já olha para o atletismo como futuro. “Penso sim em seguir carreira no esporte,” conta a atleta.
Ela e Raissa são dois de inúmeros exemplos de jovens ao redor de Santa Catarina e do Brasil, que começaram cedo, mas já veem com bons olhos fazer carreira na área, e tudo isso por começarem cedo, já nas escolas.