Conhecer a história da cidade onde você nasceu ou vive é importante para que se tenha uma noção de tudo que já aconteceu por ali. Foi pensando dessa forma que, em Palhoça, professores da Escola de Educação Básica (EEB) Senador Renato Ramos da Silva propuseram uma ideia para seus alunos do quarto ano doo Ensino Fundamental: conhecer a história do município de várias formas diferentes.
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Essa atividade de aprendizado teve participação de todos os componentes curriculares (português, matemática, geografia, história, ciências, ensino religioso, artes e educação física). Uma das professoras envolvidas foi Edinéia Maria da Rosa e ela conta que o objetivo não era de apenas verificar a compreensão de textos pelos alunos.
“Nas atividades propostas aos educandos, nosso objetivo não foi apenas verificar a compreensão dos textos explicativos, mas também o desenvolvimento de outras habilidades e capacidades, como a pesquisa, o debate, a entrevista, a análise de documentos, produção de maquetes, trabalhando assim desde a geografia até a cultura e tradições”, conta a professora.
Ela diz, ainda, que os alunos saíram dos textos e cadernos e tiveram a oportunidade de produzir pesquisas, entrevistando pais e avós, sobre suas origens e descobrindo que povos colonizaram Palhoça e entendendo a diversidade cultural. Depois, em sala de aula, contaram suas descobertas para o restante da turma. Tudo em prol do aprendizado.
Mas o desenvolvimento dessa atividade não era apenas para conhecer a história de Palhoça e, sim, ensiná-los sobre como tratar o município que vivem. “Buscamos despertar nos alunos a preservação dos mangues, a importância da Serra do Tabuleiro e da necessidade de cuidar e de preservar a natureza“, explica Edinéia.
“Apresentamos a reciclagem como forma de conscientização e redução de resíduos. Mostrando que podemos reaproveitar e transformar resíduos em novos produtos e assim mantendo um meio ambiente sustentável para as próximas gerações”, completa a professora.
Alguns alunos relataram que não tinham conhecimento da riqueza histórica de Palhoça, por isso, para Edinéia e demais professores, foi enriquecedor ver o aprendizado dos alunos: montando as casas e igrejas açorianas, ouvirem e recontarem lendas da cidade que trouxeram de casa, construindo assim o conhecimento.
Ao final da atividade, todos foram avaliados: os professores pelo trabalho realizado em sala e os estudantes pelo o que trouxeram. “Com um planejamento interdisciplinar tivemos a oportunidade de proporcionar uma variedade de estratégias que envolveram o tema, conceitos e desenvolvimentos de habilidades nas diversas áreas do conhecimento”, explica a professora.
Aprendizado com depoimentos: alunos contam sobre experiência na atividade
Alguns estudantes do quarto ano, deixaram um depoimento falando sobre o que aprenderam, como foi a atividade e como foi falar sobre para as demais pessoas; confira.
Aluna: Vittória Marcondes – 4º ano 43
“Com esse trabalho eu consegui aprender como era Palhoça antigamente e o quanto ela cresceu com o passar dos anos e quanta coisa mudou. Gostei muito de saber que o nome Palhoça veio da grande quantidade de casas cobertas de palha que havia naquela época e que a Enseada do Brito era um porto que recebia mercadorias que eram levadas para a Capital Florianópolis por cavalos e carroças.”
Aluno: Henry Samuel Vilhalba Rodrigues – 4º ano 44
“Foi um dia bem legal, montamos a maquete sobre Palhoça, cada turma fez uma coisa com a ajuda da professora de educação física, artes e as professoras da sala.”
Aluna: Mariane Cunha Martins – 4º 46
“Minha experiência foi muito legal. No dia da feira tinha muita gente e eu fiquei um pouco envergonhada, mas consegui compartilhar o que aprendi sobre o relevo, o clima, a vegetação e as lendas de Palhoça. Foi muito bom.”
Aluno: João Victor Siqueira Marcelino – 4º ano 46
“O dia da feira foi de muito aprendizado, foi legal poder ensinar os outros alunos e os visitantes sobre a história de Palhoça. Foi nesse dia que eu relembrei tudo o que estudei, esse dia foi muito importante para mim.”